No passado o povoado de Hamburgerber foi caminho de tropeiros e entroncamento de importantes estradas do século XIX e assim o povoado cresceu espontaneamente. Atualmente, conhecido como Centro Histórico de Hamburgo Velho, mantêm vivo os traços da colonização alemã.

As manifestações culturais têm palco garantido no centro histórico, tombado pelo IPHAN, garantindo a preservação de igrejas, casarões históricos em estilo neoclássico e enxaimel, que abrigam espaços de arte de relevante importância para o município e charmosos bares, pubs, restaurantes e cervejarias artesanais.

Construído no ano de 1890, por Adão Adolfo Schmitt, o casarão em estilo neoclássico, onde atualmente está a Fundação Scheffel, serviu como residência, escola, local de eventos culturais, casa comercial e até como hospital. Inteiramente restaurado pela municipalidade na década de 1970, hoje abriga mais de 400 obras de Ernesto Frederico Scheffel, constituindo-se numa das maiores pinacotecas do mundo que expõe obras de um mesmo artista.

Situado no Centro Histórico de Hamburgo Velho e sendo o primeiro imóvel do município restaurado e revitalizado, a Fundação Scheffel sente-se comprometida e responsável em trabalhar pela conscientização e preservação do patrimônio histórico da cidade. Um trabalho desenvolvido há 30 anos e que repercutiu e desencadeou ações semelhantes nos municípios vizinhos e na região.

Desde 2016 todo o acervo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, assim como o Centro Histórico de Hamburgo Velho.

Atualmente a Fundação promove eventos culturais, palestras, seminários, recitais, entre outros, já tradicionais na cidade e dos quais participam os mais diversos públicos.

Construída na primeira metade do século XIX, a Casa Schmitt-Presser é um dos mais antigos exemplares da arquitetura enxaimel, sendo uma das únicas no Rio Grande do Sul que ainda conserva todas as suas características originais, por esse motivo foi tombada em 1985, como patrimônio histórico e artístico nacional.

Moradia de João Pedro Schmitt, imigrante do Hessen, região da Alemanha, que atuou como importante comerciante da região e considerado um dos fundadores da cidade devido a sua influência e prestígio local e regional. Atualmente a Casa Schmitt abriga o Museu Comunitário que remonta um armazém da época da colonização alemã, com uma grande variedade de produtos comercializados.

O Museu Nacional do Calçado (MNC) foi fundado em 23 de setembro de 1999 e mantém uma exposição permanente, com calçados e artefatos de couro de várias épocas, desde o século XII, inclusive sandálias gregas antigas.

No local também é possível visitar uma galeria com calçados de personalidades brasileiras, entre elas atletas, escritores e estilistas. Atualmente, conta com um acervo de 18 mil peças apresentadas em exposições temáticas. O espaço é destinado a resgatar e preservar a história e a cultura do setor coureiro calçadista da região, servindo inclusive de laboratório para novos designers do calçado.

O espaço também se propõe a promover exposições, cursos, seminários, palestras, encontros, concursos, lançamentos de moda e visitas dirigidas.

Em 1851 foi construída a primeira Capela Nossa Senhora da Piedade. Em 1886, a igreja foi ampliada e provida de uma torre. O atual templo em estilo romano, dedicado à Nossa Senhora da Piedade, foi projetado pelo arquiteto Cristiano de La Paix Gelbert, com uma torre de 35 metros de altura, inaugurado em 1936.

Em 2003, um incêndio destruiu parte da igreja, atingindo principalmente os vitrais, as pinturas internas e o forro. Dois anos depois, ela foi reinaugurada, restaurada, com recursos angariados pelos paroquianos. Atualmente a igreja é muito procurada para celebrações matrimoniais, por sua bela arquitetura, pinturas decorativas e excelente acústica.

Construída em 1833, foi a primeira igreja evangélica em Novo Hamburgo senda uma das primeiras do Estado. O nome da igreja evoca a data da sua inauguração, ocorrida no dia 06 de janeiro, alusivo aos Três Reis Magos. Em 1845, foi iniciada a construção de um templo maior, que ainda não apresentava características externas de igreja, pois apenas em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República, a nova constituição permitiu a existência de outras congregações religiosas além da católica.

Em 1898 foi construída a torre central e a partir desta, iniciou-se a construção do prédio atual, inaugurado no ano de 1926. A torre com os três sinos, trás um relógio que para a época foi um elemento simbólico que representava a indústria e seus sistemas de trabalho com carga horária, métodos, processos e ritmo controlados.

A casa foi construída na década de 1890 e nela residia o professor e regente Samuel Dietschi, que dava aulas particulares de vários instrumentos musicais. O professor foi, por muitos anos, regente da Orquestra da Sociedade Frohsinn, atual Sociedade Aliança.

A família Dietschi também manteve um internato para moças no local e após o rebaixamento da Rua General Daltro Filho, em 1925, foi instalado no térreo da casa um bazar, onde eram comercializados instrumentos musicais, partituras, porcelanas, cristais e outros artigos importados. Também funcionou no local uma lotérica, uma loja de eletrodomésticos, uma loja de confecção masculina na década de 1970, um ateliê de costura e posteriormente um espaço de produção de roupas de couro e bolsas. No momento o espaço abriga um atelier de artes plásticas.

A casa original foi construída, por volta de 1850, com a técnica construtiva enxaimel, sendo que em 1865 a casa chegou a aparece numa litografia de Oscar Canstatt, historiador e geógrafo alemão.

Os seus moradores mais antigos dos quais se tem notícia são da família Kroeff. O último descendente dessa família a morar no imóvel foi o Major Kroeff que residiu no local até o início da década de 1920.

Em 1940 foi ocupada por Irene Strimitzer, que recém-casada investiu em melhorias, substituindo, por exemplo, os tampões das janelas por novos, com corações vazados.

O anexo da casa serviu como padaria do imigrante alemão Heinrich Reiss, recém-chegado da Alemanha, a partir de 1905.

Na década de 1980, servia como residência de diversas famílias, entre estas, Irene Schmidt, que era costureira das senhoras do bairro. No início da década de 2000, foi adquirida por Ângelo Beninato, e foi totalmente reconstruída observando a técnica construtiva enxaimel, portanto se trata de uma réplica exata da original.

Casarão construído em 1927 por Adão Adolfo Schmitt, o filho mais novo de Johann Peter Schmitt (considerado fundador de Novo Hamburgo). O arquiteto responsável pelo projeto foi o alemão Ernst Seubert, que projetou também o Monumento ao Imigrante, a Padaria Reiss, entre outros. Adão construiu essa casa, originalmente geminada, para suas filhas: Adolfina e Ilka. Já idosos ele e sua esposa passam a viver nessa casa com sua filha Ilka. O jardim original seguia os desenhos de ajardinamento proposto para a Praça 11 de julho, atual Praça do Imigrante. Recentemente, o imóvel foi restaurado e hoje funciona ali, um estabelecimento comercial.

A partir de sua construção, em 1923, o prédio abrigou a mais moderna padaria da região, equipada com o primeiro forno a vapor do Estado, que funcionou até o ano de 1943. Na década de 1980 o prédio foi todo restaurado, porém manteve o forno como lembrança da sua origem. Atualmente, abriga escritórios e espaços comerciais.

A casa secular, foi construída por volta de 1850, década quando surgiram as primeiras construções em Hamburgo Velho. Foi uma das primeiras casas a possuir luz elétrica.

O primeiro proprietário foi o sr. Hoffmann, que construiu a casa, para servir como padaria e residência. No pavimento térreo funcionava a fabricação e venda de pães, além da sala de jantar da família Hoffmann, já no pavimento superior ficavam os dormitórios.

Em 1910 a família Kayser se instalou na casa. O sr. Gustav Phillipp Kayser foi o proprietário e, posteriormente, seus herdeiros. A família kayser manteve a padaria, mas com uma lista mínima de produtos, dos quais o forte eram o pão de milho e de centeio. Eram extremamente zelosos com suas receitas, as quais não revelavam para ninguém e, até os dias atuais, são usadas pela família e continuam em segredo.

Atualmente a casa foi restaurada e abriga um pub.