Painel sobre atendimento a adolescentes concentra grande público
Seminário realizado na Universidade Feevale contou com palestrantes atentos aos desafios e dilemas da atualidade

O Ministério da Saúde tem dado destaque ao esclarecimento e à conscientização dos profissionais de saúde no que diz respeito ao atendimento de jovens na rede de atenção básica. E diante da realidade que se apresenta no País, o governo federal também tem preconizado o atendimento de adolescentes desacompanhados pelas unidades de saúde.
Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com apoio do Núcleo Municipal de Educação e Saúde Coletiva (Numesc), essas temáticas que se entrelaçam formaram a peça motriz do Seminário “O espaço do adolescente na rede de saúde de Novo Hamburgo”. O encontro realizado na tarde de sexta-feira, dia 11, atraiu grande público ao Auditório do Prédio Azul do Câmpus 2 da Universidade Feevale. Estavam presentes profissionais de saúde de toda a rede de atendimento no Município, juntamente com representantes de pastas afins, como Desenvolvimento Social e Educação.
Conforme o vice-prefeito de Novo Hamburgo e secretário de Saúde, Dr. Antônio Fagan, integrante da mesa de painelistas, o entendimento de que se está em uma era tecnológica, por parte dos agentes de saúde, apresenta-se como primeiro e fundamental passo para se garantir de fato aos jovens o acesso à informação consistente, com conhecimento. Dentro dessa premissa, defende o médico, não se deve permitir que se criem lacunas, passando-se a compreender cada visita do jovem a uma unidade de saúde como uma oportunidade única de cultivar a conversa e os vínculos de confiança entre profissional e paciente. "A estrutura com que se trabalha na unidade deve ser permeável, com atenção a ações preventivas", conclui.
Durante o seminário, a apresentação dos aspectos legais no atendimento ao adolescente ficaram a cargo da juíza Ângela Martini, do Juizado da Infância e Juventude da Comarca hamburguense. Também participaram do painel a representante da Secretaria Estadual de Saúde (SES) pelo Setor de Saúde da Criança e do Adolescente, a psicóloga e nutricionista Ana Luíza Tonietto Lovato, a professora Maristela Peixoto, do Curso de Enfermagem da Feevale, e a médica e professora Niva Chamis, da Escola de Saúde Pública (ESP).
Já a coordenadora do Programa Saúde na Escola (PSE) e do setor de Saúde do Adolescente, Cristine Schüler, fez a contextualização ao público da trajetória do grupo gestor de políticas públicas voltadas a jovens em Novo Hamburgo.
A comissão organizadora do seminário da SMS foi formada pela coordenadora do Programa Saúde na Escola (PSE) e do setor de Saúde do Adolescente, Cristine Schüler, a integrante do Numesc e da Vigilância Epidemiológica, a sanitarista Solange Shama, e a coordenadora da Política de Alimentação e Nutrição (PAN), a nutricionista Mabilda Dalmazo Dotto.
SAIBA MAIS
Ministério da Saúde emprega a denominação IST
No lugar de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), o Ministério da Saúde atualizou a sua estrutura regimental e passou a utilizar a nomenclatura IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis). A nova denominação foi publicada no Diário Oficial da União em 11 de novembro de 2016, inserida no Decreto nº 8.901/2016. Foi pertinente que o assunto fosse reiterado a certa altura durante o seminário sobre saúde do adolescente na Universidade Feevale.
A mudança se deve, justamente, pelo sentido mais abrangente de que as infecções podem ter períodos em que se apresentam assintomáticas (a sífilis, por exemplo) ou se mantêm assintomáticas durante toda a vida do indivíduo, como nos casos da infecção pelo HPV e vírus do herpes. Ou seja: podendo somente serem detectadas por meio de exames de laboratório.
O termo IST já vinha sendo empregado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos principais organismos internacionais que lidam com a temática das Infecções Sexualmente Transmissíveis.
São transmitidas pelo contato sexual via oral, vaginal e anal, com uma pessoa que esteja infectada, se não houver o uso de camisinha feminina e masculina, e de mãe para filho durante a gestação, o parto e a amamentação.
No entanto, ao se tratar, o paciente com IST melhora a sua qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. Sempre é importante destacar que a orientação preventiva, o atendimento e o tratamento são gratuitos nos serviços do SUS.