Novo Hamburgo contra a dengue

Publicada em 03/11/2014 - Atualizada em 17/10/2024
A coleta das larvas será feita em 5% das residências hamburguenses. - Foto: Jorge Boruszewsky
Começou oficialmente na segunda-feira, dia 3 de novembro, o combate a uma doença proliferada por um agente silencioso: a dengue. A Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria de Saúde (SMS), junto das equipes e os agentes do convênio com a Universidade Feevale, realizará até sexta-feira, dia 7, o Levantamento de Índice Rápido (LIRA), no qual serão visitadas até 5% das residências hamburguenses, o que corresponde a 3 mil casas.

De acordo com o secretário de Saúde, Luís Carlos Bolzan, o trabalho desempenhado nesses cinco dias tem por objetivo detectar os bairros que possuem uma maior concentração de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. “A nossa intenção é fazer uma coleta geral. Todo esse material será analisado e mandado para o Ministério da Saúde”, aponta. Conforme o biólogo da Universidade Feevale Jeferson Müller Timm, é feito um mapeamento dos bairros, dividindo 45 agentes, devidamente identificados, por regiões. Todos esses agentes são estudantes dos cursos voltados a saúde, como Ciências Biológicas, Biomedicina, Gestão Ambiental e Farmácia. “Novo Hamburgo é a única cidade do Estado a firmar convênio com uma faculdade e utilizar os próprios estudantes como agentes”, explica Timm. Todos os agentes usam um colete cinza, além dos sete biólogos que acompanham a ação, que usam coletes verdes.

Um desses estudantes é Bruna Reis Ferreira. A acadêmica de Ciências Biológicas diz que ingressou nesse trabalho para poder potencializar os conteúdos aprendidos em sala de aula, além de poder vivenciar tudo o que um biólogo pode fazer. “Aqui eu tenho a oportunidade de realizar esse trabalho de campo, e o trato com as pessoas e o Meio Ambiente”, descreve. A moradora do bairro Boa Saúde, Luiza dos Santos, de 50 anos, recebeu Bruna em sua casa. Ela acredita ser importante esse trabalho de coleta, uma vez que a fiscalização ajuda a eliminar qualquer foco do mosquito. “Eu faço questão de recebê-los, porque não podemos nos descuidar em relação ao mosquito da dengue”, comenta a autônoma. É importante ressaltar que a população receba os agentes em suas casas e que fique atenta aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito. O Aedes aegypti adulto pode picar até 300 pessoas em seu período de vida, que dura em média sete dias.