De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul tem 358 mil meninos de 11 a 15 anos incompletos – mais precisamente, aos 14 anos, 11 meses e 29 dias – que devem ser vacinados contra o HPV. A meta é imunizar ao menos 80% desse público.

Apesar de reconhecer que não é tarefa tão fácil convencer os jovens a ir até uma unidade de saúde, pelo fato de que nessa fase de vida o adolescente tende a se considerar imune a doenças, o responsável pelo Setor de Imunizações da Prefeitura de Novo Hamburgo, Edson Silva, ressalta a importância de levar informação a pais e filhos de maneira a trazer tranquilidade e segurança quanto ao procedimento. “Sabemos que há uma resistência natural, mas se trata de uma vacina comprovadamente de alta eficácia”, ressalta Edson.

O Ministério da Saúde tem avalizado as estatísticas e os estudos internacionais demonstrativos que, de fato, a vacina contra o HPV ajuda a reduzir os casos de câncer em quem for imunizado.

Vírus pode ser transmitido pelo contato com pele e mucosas

Conforme o Ministério da Saúde, o papilomavírus humano, conhecido como HPV, é um vírus que pode ser transmitido pelo contato com a pele e as mucosas. Sua ação pode causar infecções, verrugas genitais e o câncer de colo do útero ou de pênis. Por isso, somente a camisinha pode não ser suficiente na prevenção.

De acordo com informações do Governo Federal, o câncer do colo do útero é a quarta maior causa de morte entre as mulheres no Brasil. Quanto ao câncer peniano, mesmo com percentual de 2% – considerado por uma considerável parcela dos médicos como subnotificado no País –, o que mais preocupa é o alto número de amputações penianas. São pelo menos mil mutilações ao ano, conforme levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com base nos dados do DataSUS.

A vacina contra o HPV para os meninos entrou na lista do Sistema Único de Saúde (SUS) em janeiro deste ano. Até 2016 era feita somente em meninas.