Projeto Vozes: Novo Hamburgo lança ação para promoção da saúde mental

Linha de apoio
Iniciativa intersetorial é voltada para estudantes e professores das escolas municipais
Publicado em 30/03/2022 - Editado em 15/10/2024 - 10:33
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Projeto integrará ações de saúde e educação na promoção do bem-estar dos jovens
Crédito
Bruna Provenzano/PMNH

A adolescência representa um momento de importantes mudanças na vida de qualquer pessoa. A transição da infância para a fase adulta é permeada por descobertas, incertezas, desafios e decisões a serem tomadas. Além das dificuldades inerentes a este período, o contexto pandêmico ampliou as angústias e inseguranças, atingindo, especialmente, jovens e adolescentes. Diante deste cenário, a saúde mental, ou seja, a forma como as pessoas reagem às exigências da vida e como organizam seus desejos, capacidades, emoções e ideias, tornou-se tema central, também, no ambiente escolar. Com o objetivo de promover a saúde mental entre os jovens, as secretarias de Educação (SMED) e da Saúde (SMS) de Novo Hamburgo criaram o Projeto Vozes, que busca ampliar a fala dos adolescentes sobre seus desejos, emoções e angústias. “Ouvimos o pedido diretamente das escolas sobre a necessidade de abordarmos este tema que é essencial para a qualidade de vida dos nossos estudantes e de toda a sociedade”, explica a secretária de Educação, Maristela Guasselli.

Elaborado de forma intersetorial, o projeto foi lançado de forma piloto e tem ações previstas para acontecerem já em abril. “Nosso objetivo é que o programa seja aprimorado e evolua até se tornar um programa de política pública de saúde mental voltado para os adolescentes”, conta o secretário da Saúde Naason Luciano.

Projeto

A partir da integração entre as equipes de educação e de saúde, o projeto atua na promoção da vida e ações preventivas para a saúde mental de três formas. Prevenção universal: destinado à população em geral; Prevenção seletiva: voltada para populações com um ou mais fatores associados ao risco e Prevenção indicada: para pessoas que já atentaram contra a própria vida.

As primeiras ações a serem realizadas envolvem a formação dos coordenadores pedagógicos e professores de escolas que atendem adolescentes. Durante os encontros, os educadores aprenderão sobre estratégias de proteção para a saúde mental com este público além das possibilidades de encaminhamento para atendimento na rede de saúde. Já a partir de abril, as escolas também poderão contar com o suporte das equipes do Ambulatório de Saúde Mental Infantojuvenil e do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantojuvenil. 

A etapa seguinte do projeto será desenvolvida, inicialmente, em quatro escolas e inclui o matriciamento, ou seja, a construção multidisciplinar de cuidado coletivo, em que diversos profissionais de áreas e especializações diferentes se reúnem periodicamente para discutir casos, atender em conjunto, criar estratégias e ações para cada situação.