Comusa participa de nova comitiva na Espanha para aprimoramento do sistema de esgoto

A atividade complementa a primeira viagem realizada em setembro de 2011, quando a Prefeitura de Novo Hamburgo e a Comusa estiveram na Espanha para conhecer o sistema com macrófitas. Conforme o biólogo da Comusa Franko Telöken, atualmente a autarquia hamburguense tem maior conhecimento sobre a tecnologia. “Fizemos muitas leituras, estudos e experimentos. Agora estamos mais preparados para aplicação deste método de tratamento na cidade. Veremos na Europa como é feito o manejo das plantas e o potencial das estações”, relata.
Conforme o prefeito Luis Lauermann, as obras do novo sistema estão em pleno andamento em Novo Hamburgo. O objetivo da Administração e da Comusa é de tratar, pelo menos, 80% do esgoto na cidade, sendo que esse percentual poderá chegar a 100%. As intervenções contemplam redes coletoras junto aos arroios, impedindo que os resíduos cheguem até o Rio dos Sinos, sendo desviados para as novas estações de tratamento. “Estamos promovendo uma significativa mudança no sistema, o que envolve diversas obras, desde redes, passando pelas estações e pelo uso de novas tecnologias. São investimentos grandes que trarão muitos benefícios para a comunidade de Novo Hamburgo”, complementa o diretor-geral da Comusa, Mozar Dietrich.
Macrófitas
As estações de tratamento que a Administração e a Comusa pretendem implantar no Município usam plantas macrófitas. O modelo é considerado inovador, já que os vegetais conseguem absorver os resíduos do esgoto para o tratamento sem uso de produtos químicos e sem a geração de novos resíduos, um dos grandes problemas dos sistemas de tratamento mais convencionais. Além disso, o modelo com macrófitas tem um gasto muito reduzido com energia elétrica. As estações com plantas funcionam em grandes lagoas, onde as macrófitas flutuam sobre o esgoto coletado, realizando o processo e devolvendo a água tratada ao rio.