Saúde mental é tema de formação com foco nos estudantes

Relacionada à capacidade de lidar com os desafios da vida e ao bem-estar, a saúde mental foi tema de formação para os orientadores educacionais das escolas municipais de Novo Hamburgo. A ação foi uma iniciativa da Secretaria de Educação (SMED) e contou com a participação da coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Caps I), Glauce Viana, e da coordenadora do Ambulatório de Saúde Mental Infantojuvenil, Cristina Figueiró. A formação abordou temas como os fatores de proteção para crianças e adolescentes no ambiente escolar e a identificação das manifestações de risco. “A escola, muitas vezes, é o local onde os estudantes sentem-se mais protegidos e amados. Assim, é necessário proporcionar acolhimento e formações aos profissionais da educação visto que são eles que realizam muitas ações e encaminhamentos em benefício da saúde mental das nossas crianças e estudantes”, explica a diretora de Educação, Raquel Becker.
As profissionais da área da saúde também destacaram algumas ações que podem ser desenvolvidas nas escolas e como acionar a rede de serviços municipais. “As iniciativas devem partir do olhar empático para crianças e jovens e proporcionar atividades que trabalhem com as competências emocionais”, destacou Glauce.
Escola desenvolve projeto
As mudanças no cotidiano e nas relações provocadas pela pandemia motivaram a EMEF Monteiro Lobato a desenvolver o Programa de Saúde Mental. Voltada a toda a comunidade escolar, a iniciativa convida as pessoas a refletirem sobre temas como uso excessivo de redes sociais, desafios da adolescência, combate às drogas, depressão e a busca pelos sonhos. O projeto surgiu a partir de solicitações da própria comunidade escolar e é organizado pela equipe diretiva composta pela coordenadora pedagógica, Rosimere Hermann, pela diretora Maria Raquel Finatto, pela orientadora educacional Natália Franco e pela coordenadora pedagógica Mariane Nascimento.
Para tratar de temas tão diversos e complexos, a escola buscou a parceria de profissionais e especialistas em diferentes áreas. As temáticas são definidas, também, com a sugestão da comunidade escolar, que respondeu formulário sugerindo assuntos que gostariam de acompanhar. Já produziram conteúdos para o projeto médicos, educadores, psicólogos, nutricionistas, entre outros. Uma das estratégias para atingir o maior número de pessoas foi a produção e publicação de vídeos nas redes sociais da escola. Desta forma, cada um poderia assistir ao conteúdo quando fosse mais conveniente. “Os vídeos ajudam a nos sentirmos seguros e conseguir lidar com as angústias. Também ajuda os pais a lidarem com a gente”, afirma a jovem Victória Vogt da Silva, 11 anos, estudante do 5º ano. Além de ajudar os adolescentes a entenderem as transformações que acontecem nesta fase da vida, os vídeos também auxiliam os pais. “Eu assisti todas as palestras e me ajudou muito não só a entender mais ela mas também passar por este momento da pandemia”, conta a mãe de Victória, Vera Lúcia Vogt, 59 anos.
Mãe de três filhos, a dona de casa Mariana Raquel Prado, 38 anos, também acompanha as atividades do projeto. “Sempre vejo os vídeos e me senti especial em perceber que a escola estava pensando em ações para as famílias também. Os jovens não se abrem com os pais, então estes materiais nos ajudam na convivência também”, destaca a mãe dos estudantes da escola Enzo da Silva Prado, 9 anos, e Yago da Silva Prado, 14 anos.