Campanha intensifica combate à tuberculose

De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde, Solange Shama, o trabalho é feito durante todo o ano, mas a campanha servirá para reforçar que o serviço público realiza ações de combate à tuberculose. “Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), as pessoas podem obter tratamento. A tuberculose tem cura. É importante que as pessoas saibam que esse processo pode ser feito através das unidades do Município”, esclarece a coordenadora. A detecção precoce da doença permite tratamento e cura, além de evitar o agravamento do quadro e a contaminação de outras pessoas.
A coleta de escarro pode ser feita na hora, sem requisição médica, assim que a pessoa solicitar o serviço na unidade. A amostra pode ser trazida de casa, em um frasco devidamente higienizado. Uma segunda coleta será feita dias depois, com orientação dos profissionais de saúde. “Se a pessoa estiver tossindo com catarro por três semanas seguidas, pode ser um sinal de que está com a doença”, afirma Solange. Em Novo Hamburgo, a média é de 130 casos de tuberculose por ano.
Barracas
Na USF Boa Saúde (Avenida Floresta, 600), a barraca para atendimento e orientação será instalada na segunda, dia 1º, e na terça-feira, dia 2, das 8 às 10 horas. Já na USF Morada dos Eucaliptos (Rua Octávio Oscar Bender, 1000, Canudos) e no Regina Comunidade (Rua da Divisa, 217, Santo Afonso), a estrutura ficará montada na terça-feira, das 8 às 11 horas. Em todos os dias, não apenas da campanha, mas durante todo o ano, a coleta pode ser realizada nos serviços de saúde do Município. Mais informações sobre a doença podem ser obtidas na Casa de Vacinas (Rua Joaquim Nabuco, 610), no setor de tisiologia, de segunda à sexta-feira, pela manhã.
Quais os sintomas?
- Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses).
- Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue
- Cansaço excessivo
- Febre baixa, geralmente à tarde
- Sudorese noturna
- Falta de apetite
- Palidez
- Emagrecimento acentuado
- Rouquidão
- Fraqueza
- Prostração (desânimo)
- Casos graves apresentam dificuldade na respiração, eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.
Como se transmite?
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. Portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo, contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica também favorece o estabelecimento da doença.