Xeque-mate: uma jogada para o futuro

Raciocínio e estratégia são alguns dos conceitos trabalhados na oficina de Xadrez oferecida no Centro de Artes e Esportes Unificados (Centro CEU), localizado na Rua do Bosque, no bairro Boa Saúde. O jogo de tabuleiro possibilita que muitas de suas táticas possam ser exercitadas no cotidiano. Assim como na vida, todas as jogadas têm início, meio e fim. Na manhã da última quinta-feira, 23, sete jovens participaram da oficina em duas aulas de 45 minutos cada.
A oficina é parte do componente de Prevenção à Violência do Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado (PDMI), em execução pela Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo.
O instrutor de xadrez, Alexandre Sparrenberger, ressaltou que o jogo ensina aos jovens várias formas de não se colocar em risco e também de articulação para as mais variadas situações. “A partir das táticas utilizadas no xadrez, esse jovem desenvolve um conjunto de habilidades. Ou seja, tanto no contexto de jogo ou fora dele, esses menores vão poder colocar em prática aquilo que aprenderam de forma lúdica, sem se expor e sem se colocar em xeque”, disse.
A educadora social, Andrea Paiva de Jesus Schuh, destacou que a oficina é uma oportunidade para os alunos não identificados com outras atividades. “Temos diversas atividades com bola e movimentação, porém essas modalidades não contemplam todos os alunos. O xadrez, por trabalhar outros aspectos, atrai este público que muitas vezes acaba excluído. Também, os participantes que estão aqui são os que geralmente frequentam o Telecentro. Esses estudantes acessam a internet antes da aula e ficam para a oficina”, falou.
Segundo o coordenador do Centro de Artes e Esportes Unificados, Luiz Carlos dos Santos, o xadrez é uma das oficinas que mais exige dos participantes. “Os alunos precisam desenvolver aptidões, como concentração, disciplina e comportamento. Então, é uma oficina que engloba inúmeras competências que são necessárias para o desenvolvimento humano. Estamos felizes com o andamento de todos os projetos”, frisou.
“Prefiro estar aqui. Estamos sempre pensando para usar alguma jogada. Atração é uma das nove estratégias utilizadas, e a minha preferida”, é o que disse o estudante Rafael Martins de Oliveira, 16 anos. Já para o participante Bruno Wesley Martins da Cruz, 14 anos, esse é o lugar para aprender, divertir-se e encontrar amigos. “Além do xadrez, faço mais três oficinas. Gosto de vir para cá, conheço todo mundo, e isso é muito bom”, expressou.
O estudante Mateus de Souza, 15 anos, conheceu primeiro a quadra e depois as oficinas ofertadas pelo Centro CEU. “Estava na quadra, a professora me convidou para conhecer as atividades e eu fui. Hoje participo de três oficinas. Aqui é melhor porque temos os projetos e em casa não temos nada. Fico feliz porque eu e mais três irmãos podemos participar das atividades que são disponibilizadas aqui”, finalizou. As inscrições para as oficinas de xadrez ainda podem ser feitas na sede do Centro CEU.
O Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado (PDMI) é desenvolvido por meio de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).