Trinta e três agentes culturais são capacitados para elaboração de projetos em Novo Hamburgo

Escrever um projeto cultural pode parecer uma tarefa complicada, mas com orientação a elaboração é facilitada. Foi pensando nisso que três capacitações em “Elaboração de Projetos Culturais” foram propostas pela Secretaria da Cultura no segundo semestre deste ano.
Com nível iniciante, as aulas focaram em auxiliar os agentes culturais a transformarem uma ideia em um projeto cultural e a participarem de editais de fomento à cultura. De acordo com o produtor cultural e ministrante, Kauê Mallmann, “as oficinas foram extremamente positivas”. Ele projeta que, a partir dos aprendizados, é possível movimentar a economia. “São artistas, produtores, agentes culturais que no futuro estarão ganhando editais e trazendo recursos do Estado e do governo federal para nossa cidade, gerando emprego, renda e fazendo a economia criativa da nossa cidade girar cada vez mais”, pontua.
As oficinas presenciais ocorreram em três territórios: Santo Afonso (14/09), Lomba Grande (28/09) e Canudos (12 e 13/11). Ao todo, foram 33 agentes culturais capacitados pelos encontros. “Era nossa preocupação levar essa capacitação, que já aconteceu em outras oportunidades na Casa das Artes, para os bairros”, fala o secretário da Cultura, Ralfe Cardoso. Ele avalia que as atividades que acontecem em locais descentralizados aproximam os agentes das oportunidades. “É preciso estar onde o agente cultural está para que eles conheçam o que a cidade proporciona e possam participar disso”, diz.
Essa iniciativa também fortalece as políticas de descentralização da cultura já praticadas pela Secretaria. Desde 2021, o Conselho Municipal de Política Cultural possibilita a pontuação extra para projetos executados em bairros das áreas periféricas, urbanas e rurais do município, de acordo com os objetivos dos editais. “Já temos essa prática de, em alguns editais, bonificar projetos em áreas que necessitam de mais atenção; agora, é uma oportunidade de termos mais agentes desses bairros propondo atividades também”, avalia o secretário.
Para isso, a qualificação profissional “é o ponto de partida”, na visão de Mallmann. “Novo Hamburgo é um celeiro de artistas, grupos artísticos e produtores. É preciso levar o profissionalismo a sério, para que possam ter autonomia e viver dignamente do seu trabalho artístico e cultural”, complementa o produtor cultural.
Os cursos foram executados a partir de recursos da Lei Paulo Gustavo, em uma realização conjunta da Secult com o Conselho Municipal de Política Cultural e Ministério da Cultura - Governo Federal. A expectativa é que essa qualificação gratuita possa potencializar o setor cultural pelos próximos anos.