Trabalhos de desassoreamento evitam inundações

O secretário de Obras Públicas e Serviços Urbanos, Luiz Fernando Farias, também destaca o serviço realizado, que está recebendo todo o respaldo da população. “Em pontos onde a água ficava a centímetros de alagar a rua, o nível baixou. Há locais onde a profundidade passa dos 3 metros após a ação da draga”, revela. Muitos outros reflexos podem ser vistos. Canos do sistema de drenagem que há tempos não apareciam agora podem ser vistos apenas pelo fato da água do córrego ter baixado. “Trata-se de um serviço que deve ser feito a cada cinco ou seis anos. E aqui isso não era feito há, pelo menos, 20 anos”, completa o secretário.
Mudanças aprovadas pelos moradores
A intervenção mudou a vida da comunidade que mora próximo ao Arroio Pampa. Enquanto conferia as ações da draga, Farias conversou com moradores e viu a satisfação deles com a iniciativa da Administração. O pedreiro Manoel Silveira de Ávila, de 56 anos, era um exemplo. Há oito anos no bairro Canudos, jamais tinha visto o arroio ter um fluxo tão forte como o que se pode ver hoje. “Antes a água ficava parada. Agora tem vazão. Precisamos manter essa realidade, evitando jogar lixo no córrego”, destacou o morador.
A remoção de resíduos do arroio começou na área mais próxima ao Rio dos Sinos. Lá, a quantidade de lixo e bancos de areia impedia a vazão do arroio, um dos motivos das inundações, principalmente nas Vilas Getúlio Vargas e Kipling. Centenas de toneladas de resíduos já foram retirados do córrego desde o início dos trabalhos.
Conforme o secretário Farias, a draga poderá ficar em Novo Hamburgo durante seis meses, sendo que esse prazo pode ser renovado por igual período, de acordo com o convênio. Nesse tempo, a Prefeitura fará o desassoreamento do Arroio Pampa em uma extensão de 3,7 mil quilômetros, desde a foz junto ao Rio dos Sinos até a área urbana, no bairro Canudos.