Seminário promovido pela Prefeitura aborda o combate ao trabalho infantil

Publicada em 28/04/2017 - Atualizada em 16/10/2024
Orlando Pinheiro, Flávia Ruschel Petry, Patrícia Beck e Rafael Jassen Gazzolla Aires de Araújo na mesa de abertura do evento - Foto: Karina Moraes/Imprensa PMNH

A Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), realizou na tarde desta quinta-feira, dia 27, o Seminário Municipal do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) no Auditório do Prédio Azul no Câmpus 2 da Feevale. O encontro integra a programação alusiva ao aniversário de 90 anos de Novo Hamburgo e reuniu representantes das áreas de Assistência Social, Educação e Saúde. O trabalho infantil doméstico, quase sempre invisível aos olhos da sociedade e visto mais como caridade do que exploração, foi um dos enfoques do evento.

A mesa de abertura contou com a secretária de Desenvolvimento Social, Flávia Ruschel Petry, o vice-presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (Comas), Orlando Pinheiro, a presidente da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo, Patricia Beck, e o chefe do Setor de Inspeção da Gerência Regional do Trabalho e Emprego (GRT), em Novo Hamburgo, e representante da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, Rafael Jassen Gazzolla Aires de Araújo. O chefe de Gabinete, Raizer Ferreira, representou a prefeita Fátima Daudt no congresso.

Ao dar as boas-vindas ao público, a coordenadora do PETI, Luciana Quaiato, agradeceu a adesão ao convite certificada pelo espaço lotado e enfatizou a importância do momento de debate e reflexão sobre o programa nacional que conta com a coparticipação dos municípios. “O seminário busca, em primeiro plano, a sensibilização de profissionais que atendem crianças e adolescentes”, destacou. A secretária Flávia, titular da SDS, analisou a questão no contexto das políticas públicas. “Muitas vezes o fato das crianças estarem atrás de renda se deve à falta de promoção do trabalho para os pais”, observa. “O trabalho infantil é o resultado de uma série de fatores e um deles é a necessidade de suprir as condições básicas da família.”

As painelistas foram a juíza do Trabalho Andréa Saint Pastous Nocchi, especialista em relações do Trabalho pela PUCRS e membro da Comissão de Direitos Humanos do Tribunal Regional do Trabalho da 4a Região, e a médica Jacqueline Lenzi Gatti Elbern, com especialização em Medicina do Trabalho e Epidemiologia em Saúde. Andréa falou sobre mitos e verdades a respeito do labor infantil, que estão enraigados na cultura brasileira.

Já Jacqueline apresentou uma análise dos estágios do desenvolvimento infantil e de adolescentes do ponto de vista físico, cognitivo, emocional e psicossocial. Ela destacou em sua fala os riscos e prejuízos trazidos por responsabilidades assumidas em idades precoces. A médica atua junto ao Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador pela Secretaria de Saúde de Porto Alegre. As perguntas finais dos participantes foram mediadas pela psicóloga do Centro de Referência Especializado de Assistência Sociai (Creas), Anete Cunha, e o encontro contou com uma atividade física revitalizante no intervalo por meio do Projeto Melhor Idade, da Secretaria de Esporte e Lazer (Smel).

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