Nos dias 21 e 22 de novembro, a Semana da Consciência Negra teve seu encerramento. No sábado, às 18h, na Paróquia Santo Antônio, no bairro Liberdade, ocorreu uma missa Afro. A liturgia foi normal, porém a animação do encontro e o sermão do Padre Luciano, foram baseados na cultura afro. Já no domingo, o encerramento oficial foi com o show Nações, que ocorreu na Sociedade Cruzeiro do Sul, contando com as apresentações dos grupos Turma do Astral, Requinte, Sambraiz, Rafuagi e Posmaninho. A semana da Consciência Negra iniciou no dia 15 de novembro e foi promovida pela Prefeitura, a partir da Coordenadoria de Políticas Públicas de Igualdade Racial (COMPPIR).

Para o coordenador da COMPPIR, Eduardo Tamborero, a programação foi bem-sucedida, conseguindo chegar ao seu principal objetivo, que foi o de valorizar o negro perante a sociedade. “Através das apresentações, oficinas e diversas atrações culturais, pudemos mostrar o quanto o povo negro tem papel importante no contexto histórico e atual”, observa Tamborero.

O diretor da Cruzeiro do Sul, Ademir Leopoldo, de 58 anos, comenta que a parceria entre a escola de samba e a Prefeitura já vem de tempo, e que por isso sempre sediam o show Nações. “Creio que esse trabalho em conjunto se deve pela valorização que damos a cultura afrodescendente, aqui na cidade. Temos projetos junto das escolas do Município, abordando desde cedo esse tema nas salas de aula”, comenta Leopoldo.

Oportunizando

O vendedor Luan Santos da Rosa, de 19 anos, prestigiou o Show Nações, e aprovou a iniciativa da Prefeitura em promover uma semana inteira dedicada a cultura negra. “Acho muito importante essa forma de valorização, inclusive dando oportunidade para os artistas locais, assim como eu, que canto rap há um ano, e hoje pude mostrar um pouco das minhas músicas”, agradece o futuro cantor de rap.

Beleza negra

As eleitas mais bela negra juvenil e mais bela negra adulta, no dia 15 de novembro, compareceram ao evento na Sociedade Cruzeiro. Eduarda Santos da Silva, 14 e Ariane Romano, 20 anos respectivamente, relatam que é uma grande honra, representar as mulheres negras em Novo Hamburgo, e que ingressaram no concurso para combater o preconceito e os padrões de beleza atuais. “Além de levar a faixa, temos a preocupação de exaltar a nossa cultura, como negras”, explica Ariane. “Além do concurso, gostamos da programação como um todo, com atrações bem interessantes”, completa Eduarda.