SEMAM resgata ouriço no bairro Santo Afonso

Publicada em 24/10/2012 - Atualizada em 17/10/2024
Ouriço foi resgatado pela SEMAM e devolvido ao seu habitat natural - Foto: Deivid Poncio
A presença de um ouriço no pátio de uma residência surpreendeu os moradores do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo. O roedor foi encontrado na terça-feira, dia 23 de outubro, na Rua Beira Lago e resgatado pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM).

O funileiro Gilberto da Silva, de 51 anos, foi quem viu pela primeira vez o visitante inesperado. De acordo com o morador, ele teve que espantar alguns cachorros, que cercavam e tentavam atacar o animal e depois o prendeu, com a ajuda de vizinhos, embaixo de um balde, e acionou a SEMAM. “Nunca tinha visto um bicho desses por aqui. É um animal perigoso por causa dos espinhos, foi sorte chegar a tempo de salvar os cachorros que estavam tentando atacar ele”, conta o morador. Após o contato, uma equipe da SEMAM foi ao local, resgatou o animal e o deixou em um local apropriado, no bairro Lomba Grande.

O ouriço (Coendou Prehensilis), também chamado de porco espinho, é nativo das matas atlânticas e cumpre a importante função ecológica de dispersar sementes na natureza. Embora seja um pequeno roedor, que se alimenta apenas de frutas, brotos, folhas, cascas de árvores, sementes e pequenos invertebrados, pode ser perigoso quando ameaçado. “Se ele tiver contato com a pele libera seus espinhos, que não são venenosos, como muita gente pensa, mas que podem infeccionar e causar muita dor. Mas é bom lembrar que os espinhos são mecanismos de defesa, que ele usa contra seus predadores ou quando se sente ameaçado”, explica a bióloga da SEMAM, Letícia Batista Dutra.

Animais exóticos têm sido encontrados com frequência

O ouriço encontrado não é um caso isolado, nas últimas semanas a SEMAM resgatou outros animais selvagens como uma cobra cruzeira e uma falsa coral, um tatu, um ratão do banhado, filhotes de gambá e uma coruja. De acordo com Letícia, a explicação está na chegada da primavera. “Como no inverno eles se retraem para economizar energia, nas estações mais quentes ele saem para procurar alimento. Como o habitat desses animais está cada vez menor, por causa do processo de urbanização, eles acabam indo parar nas cidades”, explica.

Segundo a SEMAM, ao encontrar um animal selvagem, deve-se tomar o máximo de cuidado para que não aconteça nenhum acidente. “Antes de tudo se deve entrar em contato com a SEMAM, onde a pessoa receberá orientações de um de nossos biólogos sobre como agir. Não se deve tentar pegar um animal como este, nós dispomos de equipamentos e profissionais treinados para este tipo de situação. Também é importante manter os animais domésticos distantes”, relata o gerente de Fiscalização Ambiental, Jalnei de Souza, que comanda as operações de resgates de animais.