SEMAM e DEMA realizam fiscalização no Rio dos Sinos
De acordo com a titular da DEMA, Roberta Mariana Bertoldo, fica claro nestas visitas ao rio que as pessoas tem contribuído muito para piorar a qualidade da água, por causa da quantidade de lixo encontrado nas margens. “As pessoas reclamam da falta de água, mas primeiro deveriam olhar para o que elas tem feito para sujar o rio. Essa é a água que nós ingerimos e encontramos aqui sofás, televisões e aparelhos eletrônicos que são extremamente poluentes”, afirma a delegada. Quanto à repressão aos crimes ambientais nas empresas, segundo a delegada, o trabalho continuará ostensivo. “O nosso papel não é a fiscalização, mas a repressão. Mas, como como estamos vendo o rio nestas condições, estamos atuando também de uma maneira preventiva, juntamente com a SEMAM. Também vamos agir de uma maneira ainda mais severa com as empresas que nós interditarmos”, revela.
Resultados
Nesta última vistoria, foi constatado que os níveis do rio estavam em 0,95mt, o que é preocupante, não apenas por ser um número baixo (o ideal para esta época seria em torno de 1,5mt), mas pelas altas temperaturas que diminuem a capacidade de retenção de oxigênio. A concentração de oxigênio dissolvido, por sua vez, está em 2,6mg/l, o que significa um aumento em relação à última vistoria, mas o número ainda preocupa. A condutividade, parâmetro que serve como indicativo de poluição, estava em 100uS/cm. De acordo com a SEMAM, este número não é tão grave, mas o que preocupa é que ele está aumentando (o ideal seria menos de 60uS/cm). “O rio melhorou um pouco na concentração de oxigênio, mas piorou na condutividade e este é um parâmetro extremamente importante para a qualidade da água. Mesmo que a oxigenação continue melhorando, se a condutividade continuar aumentando da maneira que está, poderemos ter acidentes ambientais”, explica o titular da SEMAM. Quanto à fiscalização da pesca, na vistoria não foi encontrado nenhuma rede.