SDS fecha em Canudos o primeiro ciclo de Encontros de Educação Permanente

Linha de apoio
“Olhares possíveis para os territórios” foi o tema da série de fóruns voltada aos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS)
Publicado em 18/07/2019 - Editado em 15/10/2024 - 10:34
Em pé, o secretária Roberto Bota e pessoas sentadas no entorno
No CRAS Canudos, o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Roberto Daniel Bota, fez a abertura do encontro que reuniu cerca de 50 participantes
Crédito
Karina Moraes

"Olhares possíveis para os territórios" foi o tema da série de fóruns realizados pelo Departamento de Educação Permanente do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS). O ciclo de debates se iniciou em 19 de junho deste ano no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Kephas. Na tarde da última sexta-feira, dia 12, ocorreu a última edição dessa inovadora iniciativa, dessa vez no CRAS Canudos, com a participação de cerca de 50 trabalhadores vinculados à rede socioassistencial da SDS.



Em sua fala de abertura para o evento no território canudense, o secretário Daniel Bota apresentou uma breve análise sobre o que ele teve a oportunidade de acompanhar durante o 21° Encontro do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas), da Região Sul, justamente no que se refere aos desafios da proteção socioassistencial em contexto de restrição fiscal. O titular da pasta esteve presente no seminário realizado recentemente em Foz do Iguaçu, no Paraná. “Há riscos de desproteção social, com a falta de entendimento sobre a papel da assistência e sua importância para o desenvolvimento dos Estados e municípios”, observou o secretário Daniel Bota. “Assim, o trabalho de educação permanente se torna uma ferramenta indispensável para o fortalecimento de toda a rede, especificamente diante de cenários de contingenciamento orçamentário por parte do governo federal”, completou.



De acordo com o pedagogo do Departamento de Educação Social da SDS, Orlando Pinheiro, o processo em curso de Educação Permanente da SDS promove a reflexão sobre os fazeres cotidianos de assistentes e educadores sociais como também de psicólogos, envolvendo as três proteções sociais do SUAS – Básica, Média e alta Complexidade – no contexto de cada área territorial do Município de Novo Hamburgo. “Ouso dizer que a análise aprofundada sobre as nossas práticas é algo novo até mesmo para nós, da Comissão de Educação Permanente do SUAS, assim como para a cidade, o que eleva a importância da proposta”, assinala Pinheiro. “O processo é conduzido por meio da articulação com o departamento de Vigilância Socioassistencial e o apoio dos demais setores da SDS.”



Em um dos momentos chaves da tarde em Canudos, a servidora pública Marilene Alves Lemes, juntamente com o também servidor Maicon Reis e os estagiários Karine Nobre e Alisson Seixas, todos do setor de Vigilância Socioassistencial da SDS, apresentaram o painel estatístico com Dados 2017/2018 do território mais populoso do Município. “A proposta foi cumprida, de fazermos um debate sobre processos históricos e culturais a respeito de como a Política de Assistência Social foi se constituindo ao longo do tempo”, explica Pinheiro. “Em cada ocasião, apontamos os desafios para superar situações complexas, pontuais ou desarticuladas, em relação aos serviços e com o olhar às vivências dos usuários, sejam famílias ou indivíduos, em situação de vulnerabilidade social.”



Em outro instante, o público foi dividido em Grupos de Trabalho (GTs), criados para a dinâmica de projetar o trabalho de Assistência Social a médio e longo prazo a partir da concepção de rede como estratégia para que novas visões e diferentes práticas se deem, futuramente, nos serviços prestados à população hamburguense.



Cinco encontros de educação permanente foram realizados pelos seguintes territórios: Kephas (19 de junho), Centro (26 de junho), Primavera (28 de junho), Santo Afonso (5 de julho) e Canudos (12 de julho). “A avaliação, com vistas à implementação desse processo, foi bastante positiva”, analisa o pedagogo Pinheiro. “E existe o desejo coletivo pela continuidade do trabalho pedagógico junto às equipes, pois o processo, embora inicial, apontou caminhos para que se avance como Política Pública de Assistência Social, o que é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa.”

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Pessoas sentadas em um semicírculo Pessoas sentadas em cadeiras Pessoas sentadas em um semicírculo