Debater a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho foi o objetivo da 9ª Roda de Conversa promovida pela Prefeitura de Novo Hamburgo, a partir da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Pessoas com Deficiência (CPPD). No encontro, que aconteceu na Associação dos Deficientes Visuais de Novo Hamburgo (ADEVIS-NH), estavam presentes representantes de empresas da cidade, da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha e de associações ligadas à causa.

Os participantes contaram relatos, tanto pessoais quanto nas empresas que trabalham, da inclusão nas rotinas de trabalho. Foram discutidos projetos para as pessoas com deficiência, como os projetos de Jovem Aprendiz e da importância de incentivar a autonomia principalmente dos adolescentes em início de carreira.

O diretor da Fundação Liberato, professor Leo Weber, apresentou o projeto do Liberato para a criação do Centro de Referência em Tecnologia Assistiva para a Educação Profissional, que servirá para qualificar profissionalmente alunos com e sem deficiência. A ideia é abrir vagas para 1200 novos alunos e contemplar as políticas atuais de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

O presidente da ADEVIS-NH, Ricardo Seewald, comentou que o tema é delicado e precisa ser avaliado constantemente, principalmente em relação as legislações vigentes. “Precisamos deixar de ver a pessoa com deficiência de uma forma assistencial. Ela precisa exercer seu papel em toda a sociedade”, finalizou. Representando a Associação dos familiares e amigos do Down Vinte e Um de Novo Hamburgo (Afad-21/NH), estava Gecy Fritsch Klauck. Gecy salientou que Novo Hamburgo está a frente de outras cidades no quesito inclusão, sendo referência em inclusão social, tanto nas escolas quanto no mercado de trabalho. “A inclusão é poder sair de si e pensar no futuro”, comentou.