Realizada a primeira aula do curso para imigrantes

Publicada em 18/04/2016 - Atualizada em 17/10/2024
Massamba Mbengue, 22 anos, vê no curso, uma oportunidade para aprender o português e com isso se especializar em outras áreas. - Foto: Vanessa Monni
Apesar de sábado, 16 de abril, não ser um dia letivo, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Darcy Borges de Castilhos, no bairro Ideal, recebeu em suas dependências imigrantes senegaleses que realizaram a primeira aula do Curso para Imigrantes em Novo Hamburgo. A iniciativa é da Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Coordenadoria de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial (COMPPIR), Secretaria de Educação (SMED), e a Universidade Feevale.

Nessa primeira aula, foi realizada uma apresentação para que os imigrantes se ambientassem e conhecessem melhor as propostas e as didáticas que serão oferecidas ao longo curso. Logo depois, realizaram dinâmicas com jogos de palavras para testar o grau de conhecimento na língua portuguesa. “Aqui estamos formando uma escola de cidadania e direitos humanos”, destaca o coordenador da COMPPIR, Eduardo Tamborero.

O projeto de extensão da Universidade Feevale é intitulado “O Mundo em Novo Hamburgo: imigrantes e refugiados, uma questão de direitos humanos”. É aberto a qualquer imigrante que estiver interessado em aprender a língua portuguesa, direitos humanos, trabalhistas e outros assuntos, que auxiliem na permanência dos estrangeiros no município. Serão oito semestres, sempre aos sábados, com as aulas ministradas pelos professores da Universidade com auxílio de alunos dos cursos de direito, história, psicologia e letras. “É uma satisfação enorme poder contribuir para a valorização e inserção social dos imigrantes em nossa cidade”, pontua a coordenadora do projeto, Márcia Cardoso.

Estar em um país que não é o seu de origem, pode implicar em várias barreiras. Entre elas as questões idiomáticas, inserção social e cultural. Novo Hamburgo conta com uma população de aproximadamente 50 senegaleses, entre eles o manobrista Massamba Mbengue, 22 anos, que há dois anos reside na cidade. “A nossa maior dificuldade é a língua portuguesa. Quero aprender a falar melhor e depois fazer outros cursos para aprender mais”, conta Mbengue.

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