A Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM), interditou na quarta-feira, dia 26 de novembro, uma empresa em função do vazamento de um produto químico em um dos afluentes do Arroio Guarani. Depois de concluídas as investigações, realizadas pela equipe de fiscalização ambiental, a empresa responsável pelo vazamento de óleo foi notificada e está com as atividades suspensas.

A equipe da SEMAM está acompanhando o trabalho de coleta de materiais nos arroios junto ao laboratório credenciado que fará as análises. “Nós estamos exigindo a contratação de uma empresa especializada em emergências ambientais”, afirmou o secretário da SEMAM, Eduardo Bonato. O estabelecimento envolvido no caso foi autuado e pagará multa, com valor ainda a ser calculado. “Essa atitude extrema foi necessária devido a lentidão das ações da empresa para resolver o impacto na área externa”, reforçou Bonato. O prazo para apresentar uma solução aos danos causados é de 24 horas.

A identificação do foco de vazamento aconteceu na noite do sábado, 22 de novembro, quando a SEMAM verificou que o reservatório da empresa estava vazando óleo, que chegou até a tubulação e consequentemente para o corpo hídrico do Arroio Guarani. As primeiras providências emergenciais foram estancar o vazamento e tentar sanar o problema.

ENTENDA O CASO:

21 de novembro

Em atendimento a uma denúncia de mau cheiro sentido por moradores residentes nas proximidades do Shopping Bourbon, na Avenida Nações Unidas, Centro, onde passa o Arroio Luiz Rau, a equipe de fiscalização ambiental da SEMAM começou as investigações, por volta das 21h30.

Inicialmente foi percorrida a extensão do Arroio Nicolau Becker, entre a Avenida Nações Unidas até a Rua Afonso Pena, foz do Arroio Guarani, fonte da denúncia. Neste último, foram mapeadas as principais empresas de atividade industrial com substâncias químicas, onde não foram observadas irregularidades em qualquer lançamento de produtos.

Os primeiros vestígios da substância química foram encontrados na continuação da extensão do Arroio Guarani, acima da Rua Demétrio Ribeiro, conforme relatado pelos moradores. A canalização parcial do córrego dificultou a investigação no trecho da Rua Joaquim Pedro Soares até Rua Demétrio Ribeiro. Neste quadrante final, o clima chuvoso também atrapalhou as investigações, que se encerraram à 1h30 da manhã.

22 de novembro

Durante todo o dia a equipe técnica da SEMAM retornou ao local para dar continuidade à investigação. A presença da Brigada Militar foi solicitada para fazer o acompanhamento da equipe, devido a não permissão de entrada por parte de uma das empresas.

O trabalhou contou com uso de equipamentos como retroescavadeira e guincho para auxiliar nas aberturas de bueiros ou bocas de lobo e abertura em alguns pontos da canalização pluvial, visando a exclusão de algumas possibilidades e assim determinar o rumo da investigação. As ações aconteceram no quadrante isolado pela equipe na sexta-feira, 21, na Rua Demétrio Ribeiro.

Depois de muita investigação, a noite, foi identificada a empresa responsável pelo ocorrido. A equipe técnica da SEMAM adotou as primeiras providências emergenciais para estancar o vazamento e tentar sanar o problema. A quantidade de óleo BTE vazado foi de 432 litros.

23 e 24 de novembro, domingo e segunda-feira

A equipe técnica continuou os trabalhos de identificação de outros possíveis pontos contaminados e permaneceu no acompanhamento junto a empresa envolvida, a fim de certificar a remoção correta do material químico. Na segunda-feira, 24, pela manhã, a equipe dos técnicos da secretaria se reuniu para discutir o plano de ação e quais as medidas a serem tomadas.