Peça teatral denúncia a violência contra as mulheres

Publicada em 04/12/2014 - Atualizada em 17/10/2024
“Pois é, vizinha” trata da violência contra a mulher de uma maneira mais leve. - Foto: Jorge Boruszewsky
Lidar com um assunto delicado, de uma maneira lúdica, fazendo com que as cicatrizes não doam tanto. Foi essa a intenção da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CMulher), ao trazer a peça teatral “Pois é, vizinha”, interpretada pela atriz Débora Finocchiario. O espetáculo, que faz parte da programação dos 16 Dias de Ativismo, ação desenvolvida pela CMulher, pôde ser conferido, de maneira gratuita, por diversas pessoas, que compareceram ao Teatro Paschoal Carlos Magno, no Centro Municipal de Cultura, na tarde de quinta-feira, dia 4 de dezembro.

“O objetivo da Prefeitura, é usar de diversos instrumentos, para abordar um tema tão pesado, de uma maneira leve, com o intuito de mudar uma cultura, que menospreza as mulheres. Queremos uma sociedade com os direitos iguais para todos os gêneros”, afirma a primeira-dama, Jorgia Seibel. De acordo com a titular da CMulher, Anita de Oliveira, a violência contra a mulher precisa ganhar visibilidade, para que esse assunto deixe de ser um tabu, e nada melhor do que o teatro para transformar dor em riso. “Escolhemos essa peça, pois muitas mulheres se identificam com a personagem. A proposta é demonstrar que elas não estão desamparadas e que podem um dia se libertar de todas essa situação”, observa Anita.

Ao final da encenação, uma roda de conversa foi proposta pela atriz, que fez questão de interagir com o público e saber as suas vivências. A dona de casa Michele Cristina Aires Vitória, de 31 anos, frequenta o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Para ela, o teatro é uma maneira bem mais fácil de dar voz a essas mulheres, que sofrem caladas a violência de seus cônjuges. “Em espetáculos como esses, adquirimos coragem para denunciarmos o que estamos passando”, aponta Michele.