A Prefeitura de Novo Hamburgo, em parceria com a Universidade Feevale e a Comusa – Serviços de Água e Esgoto, promove na quarta-feira, dia 20 de agosto, uma palestra que apresentará para a comunidade o projeto de extensão de Tecnologias para o Tratamento de Esgoto no Município. O evento, voltado para prefeitos, vereadores, integrantes do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – Comitesinos e Comusa e comunidade, acontece às 19h45, no auditório do prédio Branco, no Campus 2 da universidade (ERS-239, 2755, Novo Hamburgo). “Estamos desenvolvendo uma atividade necessária, sobre uma tecnologia sustentável de biodigestores de esgoto sanitário. É a natureza purificando a natureza”, salienta o secretário de Meio Ambiente de Novo Hamburgo, Eduardo Bonato.

O evento será ministrado pelo professor da Feevale Gunther Gehlen e pelo diretor da Comusa, Mozar Dietrich, com o objetivo de divulgar as ações do Município ao meio político e comunidade. “A proposta, além de apresentar as ações do projeto para Novo Hamburgo, seu histórico e o estágio em que se encontra, é propor o modelo para toda a região, em função de todos os benefícios relacionados”, explica Gehlen. A palestra é gratuita e não necessita de inscrição.

De acordo com o professor, o projeto já vem apresentando diversos resultados e propostas de melhorias, com três dissertações de mestrado de alunos do Programa de Pós-graduação em Qualidade Ambiental da Feevale, além de pesquisas desenvolvidas em laboratórios da Feevale com o objetivo de desenvolver um novo processo de produção das plantas e melhora da tecnologia. Outro aspecto positivo é a parceria firmada com o Centro de las Nuevas Tecnologías del Agua (CENTA), entidade espanhola para o desenvolvimento e validação de novas tecnologias para o tratamento de esgoto e água potável.

Sobre o projeto

A Universidade Feevale, em cooperação com a Prefeitura de Novo Hamburgo e a Comusa, vem investigando, desde o final de 2012, o uso de tecnologias sustentáveis no tratamento de esgoto no Município. Na estação municipal de tratamento de esgoto Mundo Novo, localizada no bairro Canudos (Rua Walkíria Spindler), foi instalado um sistema experimental de tratamento que utiliza a tecnologia com Filtro de Macrófitas em Flutuação. A estação piloto, pioneira no Brasil, trata 90 m³/dia de esgoto, para uma população de aproximadamente mil pessoas.

A principal inovação da tecnologia é o emprego de balsas para promover a flutuação das plantas (Typha dominguense) e o sistema de distribuidor de fluxos de entrada e saída do efluente. Com apoio adequado, as raízes de todas as plantas se entrelaçam, tecendo um tapete raízes que flutua na água. Uma vez formado o filtro flutuante de plantas, o oxigênio é injetado diretamente do ar para o esgoto através das folhas e raízes, devido ao sistema alveolar de sua estrutura. As plantas em flutuação fornecem uma grande superfície para a fixação de microrganismos que auxiliam no processo de purificação.