Novo Hamburgo avança na saúde pública com criação de Comitê de Investigação de Transmissão Vertical

Novo Hamburgo dá um importante passo no fortalecimento da saúde pública com a efetivação do Comitê de Investigação de Transmissão Vertical. O órgão assume um papel estratégico na prevenção e combate à transmissão vertical — quando uma infecção é passada da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. Entre as doenças mais associadas a esse tipo de transmissão estão HIV, sífilis, hepatites B e C, toxoplasmose, zika vírus, citomegalovírus e rubéola.
A primeira reunião oficial do grupo ocorreu na quinta-feira (15), na Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A criação do comitê era uma demanda antiga e, agora, torna-se realidade com o objetivo de qualificar o cuidado materno-infantil e reduzir os índices de infecções congênitas. “É um comitê muito importante a nível municipal, principalmente para uma cidade com a relevância e o tamanho populacional de Novo Hamburgo”, destacou gerente de Atenção Integral às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e Tuberculose, Ivone Marlow.
O grupo técnico investigará todos os casos de sífilis congênita precoce, HIV e hepatites B ou C transmitidos verticalmente. Os casos em que houver falhas no acompanhamento pré-natal — resultando na infecção do recém-nascido ou até mesmo em óbito neonatal — serão minuciosamente analisados. A partir dessas investigações, o comitê identificará lacunas na linha de cuidado e nos processos assistenciais, propondo medidas de correção e aprimoramento.
Além disso, o grupo atuará na produção de relatórios técnicos e na formulação de propostas para o aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas à saúde materno-infantil. Com a nova estrutura, Novo Hamburgo se alinha às diretrizes do Ministério da Saúde e às metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis.