Município intensifica ações de prevenção à dengue

Apesar de nem todo mundo notar a presença, o mosquito da dengue está circulando por aí, à espera de uma oportunidade para se reproduzir. Por isso, além do compromisso da população de deixar os ambientes limpos e sem água parada, o trabalho dos agentes de endemia da Vigilância em Saúde é fundamental.
Novo Hamburgo teve um aumento significativo no número de agentes. Em 2024, o Município tinha um profissional no quadro e agora conta 29 servidores nomeados, atuando nos diferentes bairros da cidade, vinculados aos postos de saúde. “É uma conquista muito importante para o Município. Estamos conseguindo visitar cerca de 15 mil imóveis por mês”, informa Débora Spessatto Bassani.
Em janeiro, o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (Lira) vistoriou 4.177 imóveis, com 71,3% das amostras coletadas sendo positivas para Aedes aegypti. O resultado constatado foi de 2,5% de infestação predial, o que acende um alerta para o Município. Conforme classificação do Ministério da Saúde, há um “iminente perigo à saúde pública”.
“Por isso é importante que a população receba os agentes nas suas residências, para que possam fazer a vistoria dos locais e combater assim o vetor responsável pela dengue e outras arboviroses”, reforça Débora. Índices de infestação predial inferiores a 1% são considerados satisfatórios; de 1% a 3,9% reforçam alerta; e superior a 3,9% apresentam risco de surto.
Dentre os profissionais que atuam na linha de frente para combater a dengue está o agente de endemia do bairro Canudos João Paulo Joaquim da Costa. Diariamente, ele orienta os moradores sobre os cuidados para prevenir a proliferação do Aedes egypti. O Projeto de Prevenção e Combate à Dengue ainda conta com a parceria da Universidade Feevale na identificação das larvas e elaboração do boletim Lira.
A Vigilância também utiliza as tecnologias disponibilizadas pelo Ministério da Saúde e realiza aplicações de inseticidas em pontos estratégicos durante todo o ano. Inclusive, nesta semana, deu início às aplicações de inseticidas nas escolas da rede municipal, serviço que será concluído antes do início das aulas, marcado para 17 de fevereiro.
Uma novidade é que neste ano Novo Hamburgo vai utilizar também as ovitrampas, armadilhas que coletam os ovos do Aedes aegypti. Isso vai ajudar a mapear as áreas de risco, possibilitando ações mais eficientes de combate ao mosquito.
A Prefeitura também atua na fiscalização de locais que apresentam riscos para a saúde pública. Cada situação é avaliada tecnicamente e pode ser aplicadas notificações ou multas. Em 2024 foram atendidas 1.608 denúncias. A população pode acionar o serviço pela ouvidoria SUS, por meio do WhatsApp (51) 99831-6500.