Município ganha evento alusivo à luta da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha

Encontro será neste sábado, dia 29, e ocorre na quadra da Escola de Samba Protegidos da Princesa Isabel

Publicada em 28/07/2017 - Atualizada em 16/10/2024
Foto: Arte/PMNH

O Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, comemorado na última terça-feira (dia 25 de julho), ganha evento alusivo em Novo Hamburgo no sábado, dia 29, a partir das 14 horas. O encontro será realizado na quadra da Escola de Samba Protegidos da Princesa Isabel (Rua Germano Fehse, 115, no bairro Rondônia).

De acordo com o coordenador de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial, Ilson Silva, a programação prevê atividades voltadas ao empoderamento feminino da mulher afro-descendente. Também haverá a unidade móvel da Secretaria Municipal de Saúde estacionada no local para procedimentos rápidos de verificação da saúde da mulher negra.

Um pouco de história

O primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas foi realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, e teve como marco internacional o dia 25 de julho de 1992. A luta e a resistência da mulher negra passou a ser exaltada também no Brasil, a partir de uma lei de 2014 que instituiu o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Considerada uma importante líder quilombola, a ponto de ser lembrada como A Rainha Negra, Tereza de Benguela é símbolo de força e sua história remonta ao século 18, à época do Brasil Colônia. Os quilombos eram comunidades de escravos fugidos das fazendas e tornaram-se a representação da resistência e da luta pela liberdade. Viúva que assumiu o posto do marido na liderança do quilombo, Tereza de Benguela viria a ser capturada em uma emboscada e acabou morrendo de inanição.

A trajetória de Tereza de Benguela só ganharia divulgação aproximadamente 250 anos mais tarde, quando da aprovação legal do dia 25 de julho como o Dia Nacional de Teresa de Benguela e da Mulher Negra.