O mês de outubro já é conhecido como o mês da campanha mundial de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. A doença acomete as mulheres, sendo que em homens é bem mais rara. “Atualmente, observa-se uma tendência entre as mais jovens”, analisa a mastologista Gabriela Rosali dos Santos, que atua junto ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH). “Mas não se pode deixar de observar que a idade avançada segue como fator de risco, aumentando a chance de se desenvolver algum tipo de câncer”, ressalta.

O câncer de mama ocorre pelo desenvolvimento anormal das células da mama, que se multiplicam de maneira desordenada até formarem o tumor maligno. Para a médica, a mamografia se mantém como o principal método para verificar alterações ainda pequenas nos seios. “A mamografia permite detectar lesões iniciais, o que significa redução de mortalidade pelo bom rastreamento”, explica. “Mas, infelizmente, a pandemia representou uma baixa na procura por exames de rotina e faço esse alerta para que marquem sua consulta anual com ginecologista.”

Para se cuidar e atingir uma saúde integral, deve-se seguir uma alimentação saudável e equilibrada, não fumar, consumir bebidas alcoólicas com bastante moderação e manter atividades físicas regulares, que podem ser caminhadas ou outras práticas que coloquem o corpo em movimento de três a quatro vezes por semana. Essas são algumas dicas da médica que podem ajudar na prevenção, aliás, de uma série de patologias. “Está provado que sobrepeso e obesidade estão fortemente relacionados com o desenvolvimento de câncer de mama”, acrescenta a doutora Gabriela.

As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama, por histórico familiar e/ou outros fatores, devem fazer o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano, a partir dos 35 anos de idade. Já a ecografia ou ultrassonografia mamária não está validada para rastreio de tumores, mas é empregada de forma complementar ao estudo mamográfico.