O Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH) recebeu nesta segunda-feira, dia 11 de janeiro, equipamentos que permitem realizar cirurgias de traumatologia e ortopedia de alta complexidade. Os equipamentos constituem-se em dois leitos e dois torniquetes eletrônicos, que possuem características específicas que possibilitam este tipo de procedimento. Eles estão avaliados em cerca de R$ 75 mil e foram disponibilizados pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), por meio da Secretaria Estadual de Saúde. Conforme o coordenador de Traumatologia e Ortopedia do HMNH, Luciano Urnanuer, os leitos possuem regulagem eletrônica para elevação da cabeça e das pernas. Já os torniquetes têm controle eletrônico da pressão e do tempo de pressão. "Esses torniquetes são colocados na parte superior dos membros para estancar o sangue, permitindo cirurgias em joelhos, tornozelos, cotovelos e pulsos. A sua regulagem é feita eletronicamente", explica Urnanuer.

Por se tratar de uma base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o HMNH recebe frequentemente pacientes com fraturas graves. Segundo o diretor de Administração da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), Carlos Melotto, o novo serviço vai dar mais agilidade no tratamento do paciente. "Hoje os pacientes acidentados chegam ao nosso hospital e aqui são estabilizados até que seja liberado algum leito em outro hospital, onde são realizadas essas cirurgias. Com o novo serviço, podemos realizar todos os procedimentos aqui, diminuindo o desgaste humano com deslocamentos e permitindo que o paciente fique mais próximo de sua família", declara Mellotto.

Os novos equipamentos começaram a ser instalados no mesmo dia em que chegaram a casa de saúde. Antes de disponibilizar o serviço para a população, uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde fará uma vistoria no hospital (marcada para o próximo dia 13), onde serão verificadas as instalações físicas, o quadro de pessoal técnico e responsável, além de outros quesitos técnicos necessários. De acordo com o diretor de Gestão Hospitalar, Marcos Lobato, o hospital já possui uma estrutura que possibilita a sua habilitação. "Se for necessário faremos alguns ajustes para implantar o serviço, mas com a estrutura que dispomos é bem provável que sejamos habilitados", afirma Lobato. Após o processo de vistoria, o serviço terá que aguardar a sua liberação através do Ministério da Saúde.