A conversa pelos corredores do Centro Administrativo ganhou o engajamento em uma iniciativa mundial. Durante esta terça-feira, dia 6, servidores homens debateram um tema que, mais do que nunca, deve ser tratado também por eles: o fim da violência contra a mulher.

Coordenada pelo diretor de Programas de Prevenção à Violência, Roberto Daniel Bota, ligado à Secretaria Municipal de Segurança, a ação consistiu na distribuição de um laço branco entre os homens no prédio, simbolizando o 6 de dezembro - Dia Nacional de Mobilização dos Homens Pelo Fim a Violência Contra a Mulher e que integra também a programação dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres (que começaram em 25 de novembro), organizada pela Coordenadoria de Políticas Públicas Para Mulheres.



A campanha do Laço Branco tem origem em um trágico acontecimento ocorrido em 6 de dezembro de 1989, no Canadá. Nesta data, um aluno da Escola Politécnica de Montreal, tomado de ódio e machismo, invadiu uma sala de aula, expulsou todos os homens e assassinou 14 mulheres enquanto bradava “vocês são feministas!”. A justificativa para a barbárie foi de que não suportava ver mulheres estudando Engenharia.



Tragédia mobilizou o mundo

Mobilizada pela tragédia, a opinião pública fomentou debates sobre desigualdade que resultaram na campanha do Laço Branco. Hoje, ela acontece em mais de 50 países e em todos os continentes. A Organização das Nações Unidas (ONU) considera a data uma das maiores iniciativas voltadas para o envolvimento dos homens no combate à violência contra a mulher. “Essa ação é de grande importância porque coloca os homens a debaterem uma causa que na maioria das vezes fica somente entre as próprias mulheres. O fim da violência contra a mulher precisa passar principalmente pelos homens”, afirma Bota.

Os secretários municipais de Meio Ambiente, Ráfaga Fontoura, e de Administração, Fauston Saraiva, foram alguns dos que receberam o Laço Branco diretamente do diretor de Programas de Prevenção à Violência. "É um assunto que sem dúvida alguma precisa, sim, partir de nós", comentou Saraiva. “Precisamos estar atentos e à frente dessa discussão, com toda a certeza”, emendou Fontoura.

A programação dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres segue até amanhã, quarta-feira na cidade, confira:

07/12 - quarta-feira



9h30 – Dialogando Sobre os Desafios da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica



Dra. Andrea Cenne



Sede da OAB - Rua Bayard Toledo Mércio, 350, Novo Hamburgo



08/12 - quinta-feira



15h – Roda De Conversa – Violência De Gênero Contra A Mulher.



Uras Monteiro Lobato. - Canudos - Equipe Creas Viva Mulher



09/12 - sexta-feira



9h30 - Live Sobre o Projeto Acolha Penélope do Coletivo Elza



(Facebook da OAB)