Grupo Mãos Dadas comemora 9 anos de atividades com Festa Junina
Nada melhor para celebrar os nove anos do Grupo Mãos Dadas, comemorado no dia 30 de junho, do que uma Festa Junina. O grupo, que atende mulheres que são ou já foram diagnosticadas com câncer de mama, realizou na segunda-feira, 29 de junho, um dia recheado de atrações, que incluíram apresentações, danças e homenagens. A Prefeitura apoia o grupo, por meio da Secretaria de Saúde (SMS) e o Gabinete da Primeira-dama. “Vimos a necessidade de criar esse serviço, quando percebemos que ao receber a notícia sobre a doença, as mulheres sofrem um choque muito grande e não sabem onde encontrar apoio. Aqui todas sofrem e se alegram juntas, literalmente de mãos dadas”, descreve a coordenadora do Grupo Flávia Regina Trevisan. “Aqui elas veem que não são as únicas que estão passando por isso, através das trocas de experiência e seus depoimentos vivos”, completa a primeira-dama Jorgia Seibel.
A diretora da SMS, Vera Campagnoni, relata que sempre que se está passando por um momento como esse, o apoio psicológico é fundamental, por isso esse espaço otimiza o trabalho dos profissionais da saúde, na recuperação dos pacientes. “O desejo dessas mulheres é de serem compreendidas, resgatando a sua dignidade e melhorando a sua autoestima”, destaca Vera.
Um exemplo disso foi o relato de Jureci Fiuza da Costa, de 44 anos. Há um ano frequentando o Mãos Dadas, Jureci comenta que muito pior do que ter um câncer, é deixar-se abalar pela depressão, que pode tornar mais grave a situação. “Aqui encontrei todo o apoio de que precisava, me tirando da depressão e me lembrando o quanto é bonita a vida. Porque se você guardar todas as suas angustias dentro de si, aquilo vai literalmente se tornar um tumor”, destaca. Após isso, Jureci resolveu homenagear a sua amiga, Delória Iselda Eich Garcia, com um presente, por admirar tanto a sua história. “A Delória sempre foi tão quietinha, mas quando contou o seu relato de vida, todas ficamos emocionadas. Com ela aprendemos que na vida, sempre temos a hora certa de falar”.
Por fim, o professor Jorginho, da Escola A Dança, conduziu um momento de danças tradicionalistas, no qual, todas puderam participar e melhorar a sua qualidade de vida. “Quando estamos nessa situação, a atividade física pode melhorar tanto a questão do corpo como da mente”, explicou o professor.
Música e diversão
Os festejos pelos nove anos do Grupo Mãos Dadas tiveram vários momentos especiais. Antes da Festa Junina, que ocorreu na parte da tarde, as participantes tiveram um encontro com dois personagens da cena artística do Estado. Na parte da manhã, o músico Délcio Tavares contou que, cantar com elas, proporcionou um momento de conversa no qual lembrou os obstáculos que teve ao longo da vida, sobretudo o que hoje o impede de tocar violão. Em seguida, a personagem Herta, do grupo Curto Arte, se juntou ao músico trazendo seus causos de vida. "Estar aqui é muito mais um presente para a Herta do que para essas guerreiras. Vim para divertir e me divertir também. Sempre atenderemos ao chamado", disse Betinho Klein, intérprete da personagem. As atividades ocorreram no Espaço Cultural Albano Hartz.