As 16 imagens da exposição “Memórias e História da Emancipação”, mais a exibição de uma película em preto e branco, fazem um recorte histórico das memórias que envolvem a emancipação de Novo Hamburgo, organizadas pelo Arquivo Público Municipal, em conjunto com a Secretaria de Cultura, em alusão às festividades dos 95 anos de emancipação política e administrativa da cidade.

A exposição faz um pequeno percurso através de registros e nos mostra um pouco da história da cidade e seus personagens em seus primórdios. Entre as imagens, os visitantes irão encontrar, da carta escrita à Borges de Medeiros buscando a emancipação, chegando até o primeiro aniversário da cidade.

A exposição é aberta ao público para visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, no Hall de Entrada da Casa da Cultura Dalilla Sperb, na Avenida Doutor Maurício Cardoso, 132, Hamburgo Velho. As obras ficam expostas ao público até o dia 13 de maio.



Histórico

Em 1927, Novo Hamburgo possuía cerca de 8.500 habitantes na época da sua emancipação. Conforme o IBGE (2010), era o menor município do Brasil em área territorial. O progresso sempre foi um indicativo da identidade hamburguense. Podemos perceber isso através da citação no livro “O 5 DE ABRIL”:“Ahi, pois, uma idéa do que vae pela nossa terra. E, conquanto não tenhamos um município grande na sua superfície, os temos, entretanto grande e imenso no seu comercio e nas suas industrias e, assim podemos confiar no nosso futuro que é o mais promissor possível. Nem outra perspectiva podemos ter, ante o que somos e o que possuímos em nossa querida terra que, graças ao labor de seus filhos, já é conhecida do outro lado do Atlântico como um dos adeantados centros de trabalho do Brasil.” (O 5 DE ABRIL, 1927, n. 4, p. 1).

Outro registro importante, é o de Leopoldo Petry, primeiro intendente municipal, que em seu discurso de posse na comemoração da cidade afirmou: “Certo estou que todos compreendemos o peso da responsabilidade que hoje assumimos; porém trabalhar com harmonia com os olhos fitos unicamente em nossa ideal – a grandeza de Novo Hamburgo, tudo se tornará muito mais fácil, todo o peso mais leve, todo o trabalho mais ameno, todo o esforço mais agradável e poderemos iniciar uma obra em que as futuras gerações não precisarão reformar ou reconstruir, mas em cuja as bases poderão elas continuar a erigir o grande monumento do progresso que se chama Novo Hamburgo, hoje villa, amanhã cidade.” (O 5 DE ABRIL, 1927, n. 6, p. 1).