Estudo vai medir a qualidade do Rio dos Sinos

Publicada em 28/04/2011 - Atualizada em 17/10/2024
SEMAM, Feevale e Consórcio Pró-Sinos conheceram a sonda que realiza o levantamento de dados da qualidade de rios - Foto: Diogo Fernandes
A Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM), juntamente com a Universidade Feevale e uma equipe do Consórcio Pró-Sinos, participou na manhã da quinta-feira, 28 de abril, de um passeio de estudos no Rio dos Sinos. A atividade serviu para que o engenheiro Fernando Blanco e o limnólogo Deyves Grimberg, ambos do Instituto Internacional de Ecologia (IIE), realizassem o levantamento de dados referente à qualidade da água do rio, em uma iniciativa pioneira no Estado.

O grupo, que iniciou a trajeto em Sapiranga, percorreu durante cerca de duas horas o curso d’água, chegando até a estação de captação da Comusa, no Bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo. Todo o levantamento dos dados foi realizado por meio de uma sonda importada dos Estados Unidos, que realizou a varredura de todo o trecho percorrido, apresentando dados da qualidade da água do rio, como o PH, o oxigênio e a temperatura.

Dentro de 20 dias os técnicos do IIE estarão entregando à Universidade Feevale os resultados da pesquisa, que em breve será disponibilizada à Prefeitura, entidades e a quem tiver interesse em utilizar o trabalho. “Aproveitamos que o rio está cheio para fazer esta medição, que inicialmente é apenas experimental. Em breve uma varredura completa será realizada. Com o estudo, teremos parâmetros para medir como está o Rio dos Sinos e também identificar os pontos onde devem ser instaladas as sondas, um processo que está sendo implantado no Município”, explica o professor da Feevale, Marco Antônio Siqueira Rodrigues.

Sondas possibilitarão o monitoramento do rio

Inicialmente, a Universidade Feevale deve instalar cerca de três sondas no Rio dos Sinos, adquiridas através de projetos da instituição aprovados na Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). A expectativa é que, em breve, mais de 10 sondas estejam espalhadas pelo rio só na cidade de Novo Hamburgo. O equipamento, que custa em média R$ 50 mil, auxiliará na fiscalização da emissão de produtos químicos na água do Sinos. “Com a instalação das sondas em pontos considerados críticos dentro do rio, receberemos dados via satélite que nos possibilitarão um maior acompanhamento de como está a água e também, em caso de mortandade de peixes, identificar os causadores da ação”, diz o secretário de Meio Ambiente de Novo Hamburgo, Ubiratan Hack.

Início do trabalho

A partir do acidente ambiental ocorrido no dia 1º de dezembro de 2010, formou-se o Grupo de Trabalho do Sistema Integrado de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. O grupo, formado por técnicos dos municípios banhados pelo rio (incluindo Novo Hamburgo), técnicos do Consórcio Pró-Sinos e profissionais da Universidade Feevale, finalizou um projeto que busca adquirir materiais com a tecnologia necessária para monitorar o rio. “Além disso, ele disponibilizará de uma forma acessível as informações para os órgãos de fiscalização dos municípios, além de equipar e capacitar os profissionais que trabalham na área da fiscalização”, comenta a assessora técnica do Consórcio Pró-Sinos, Andréia Vargas dos Santos. O projeto está em fase de captação de recursos.