Emoção, encantamento e infindáveis cores. Tudo isto se somou à nostalgia na manhã de quinta-feira, 23, quando uma equipe da Secretaria de Cultura (SECULT) visitou o atelier do artista plástico Flávio Scholles, em São José do Herval. O objetivo foi levar o convite para uma exposição de suas obras na homenagem aos 40 anos do Movimento Casa Velha, iniciado por Scholles, Marciano Schmitz e Carlos Alberto Oliveira, o Carlão nos anos 70. A exposição fará parte dos festejos de 90 anos de Novo Hamburgo, no mês de abril.

O artista falou da sua alegria pela homenagem ao movimento. Na oportunidade, ele relembrou as primeiras ações, ideais e movimentos para a sua inauguração. A Casa Velha representou o epicentro da efervescência cultural de Novo Hamburgo entre os anos de 1977 e 1979, com a realização de saraus, oficinas de arte e exposições “sempre lotadas”, nas palavras do próprio Scholles.

Os dois anos de atividades artísticas foram suficientes para se iniciar uma mudança da percepção de arte da população hamburguense, a ponto da Prefeitura, na época, iniciar uma série de monumentos em espaços públicos, como os monumentos ao Sapateiro (Flávio Scholles), à Bíblia e a Deusa da Cultura (ambos de Marciano Schmitz).

Andrea Pavani, coordenadora de Comunidade da SECULT, explicou que o objetivo é se reaproximar de artistas que marcaram época. “Novo Hamburgo tem uma dívida histórica com estes artistas como Scholles, Marciano, Carlão. A cidade nunca deu o devido reconhecimento a eles no passado. Hoje, temos a oportunidade de homenageá-los como eles realmente merecem”. Ela lembrou que, recentemente, a equipe esteve no atelier de Marciano, que também fará parte da exposição.