Durante toda sexta-feira, 29 de abril, representantes, dirigentes e comunidade artística se reuniram em seminários, debates e painéis no Fórum Inter-regional de Cultura. O evento foi promovido pela Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e Conselho dos Dirigentes Municipais de Cultura, com articulação da Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria de Cultura (SECULT). O encontro foi realizado na Fundação Scheffel, uma das instituições mais importantes da cultura hamburguense, que foi tombada como patrimônio histórico em 2015.

No encontro estiveram presentes representantes de mais de 30 municípios das regiões dos vales dos Sinos, Caí, e regiões Carbonífera e Metropolitana. “Aqui estamos contribuindo para o fortalecimento das políticas públicas voltadas para a cultura”, destaca o titular da SECULT, Carlos Mosmann. Durante a conferência foram apresentados painéis e seminários com eixos temáticos como cultura e municipalismo, cultura criativa e legislação de incentivo a cultura. O evento também contou com intervenções artísticas como apresentação de música e dança.

“É preciso conhecer o contexto e a conjuntura da cena cultural de cada município, para então elaborar ações que fortaleçam a cultura”, pontua o responsável pelo setor da área de cultura da Famurs, José Carlos Martins. Ao final do Fórum foi elaborada uma carta de compromisso em conjunto com todos os participantes, contendo as demandas e sugestões de melhorias para a cultura da região.

SMED apresentou projeto de cinema e inclusão

Durante o Fórum, a Secretaria Municipal de Educação (SMED), por meio do setor de Educação Inclusiva e Diversidade, apresentou o projeto Mostra Experimental e Regional de Curtas Metragens Acessíveis Curta Inclusão e Diversidade, que foi contemplado no Prêmio Cultura FAMURS/CODIC em 2015. Com quase 700 alunos com deficiência na Rede Municipal, as integrantes do setor explicaram um pouco sobre o trabalho realizado por elas e sobre as parcerias obtidas.

A ideia da Mostra surgiu a partir de visitas domiciliares. “Nós ouvíamos muitas histórias, sobre os medos de ir para as escolas e as dificuldades. E resolvemos transformar elas em filmes para projetarmos nas escolas e gerarmos conversas”, falou a assessora de Educação Inclusiva e Diversidade, Simone Borges, que contou também que as filmagens são feitas de maneira simples, com celulares e filmados pelos professores e alunos, aproximando o público da realidade escolar.

O objetivo da Mostra é dar visibilidade àqueles que por muito tempo não foram incluídos nas atividades da população, e tornar as cidades viáveis para todos. Todos os participantes receberam troféus – pois a finalidade não é a competição – que foram produzidos pela Escola Municipal de Arte Carlos Alberto de Oliveira - Carlão, com troncos de árvores que caíram em temporais. “O nome dado ao troféu foi Ubuntu, que significa humanidade, estar com o outro, sou o que sou pelo que nós somos juntos”, explicou a gerente de Educação Inclusiva e Diversidade, Márcia Comasseto.