Registrar as histórias do povo negro em Novo Hamburgo e conhecer fatos importantes que contribuíram na construção e desenvolvimento da cidade. Essa é a base do roteiro do documentário que começa a ser desenvolvido pela Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Coordenadoria de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial (COMPPIR) em parceria com a Universidade Feevale.

Durante a realização do documentário, 30 famílias do Município serão visitadas por uma equipe formada por membros da COMPPIR e da Agência Experimental de Comunicação da Feevale (AGECOM). A agência vai participar de todas as etapas da produção do vídeo, iniciado na tarde do dia 24 de março. A previsão é que as gravações sigam até novembro.

A primeira destas visitas foi à Dona Ângela Custódia Estevão Pereira, 86 anos. “Moro há 62 anos em Novo Hamburgo e criei os meus oito filhos aqui. Por mais que tenha nascido em Osório sempre me senti uma hamburguense”, relata. Dona Ângela conta sua história relembrada por meio das fotos que ela guarda em um álbum de recordações.

De acordo com o titular da Coordenadoria, Eduardo Tamborero, o objetivo é mostrar com a participação do povo negro foi vital para o desenvolvimento da cidade. “Queremos tirá-los da invisibilidade que a sociedade impôs, devido a etnia dessas pessoas”, diz.

As professoras do curso de jornalismo da Universidade Feevale, Christine Bahia e Rosana Vaz Silveira, vão acompanhar todo o trabalho documental. “Vamos buscar, mapear e criar um roteiro baseado nas visitas que estamos fazendo, para assim, construir um documentário rico em histórias”, detalha Christine.

Todas as famílias foram escolhidas baseadas na trajetória de vida, indicação ou reconhecimento por suas histórias no Município.