Manifestos, giros delicados, saltos corajosos e muitos aplausos. A 3ª Mostra de Talentos da CEU levou ao Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno a beleza e o orgulho das habilidades de crianças, jovens e adultos que participam dos projetos desenvolvidos na popular Praça CEU do bairro Boa Saúde.

Realizado na última quinta-feira, 28, o evento contou com 16 apresentações. “Toda a comunidade, que participa das diversas atividades ao longo do ano, pôde viver uma noite mágica; muitos subiram ao palco pela primeira vez”, disse a coordenadora dos projetos socioculturais da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), Roberta Cornely.

Entre as atividades, estiveram vídeos, danças, manifestos e músicas. A organização fala que foram dias criando e ensaiando as apresentações, além da preparação de figurinos. “Tudo foi pensado e organizado pela própria comunidade, pela equipe da Secult e pelas outras secretarias e instituições parceiras da CEU”, conta Roberta.

Em uma mistura de ansiedade, felicidade e novas experiências, as meninas integrantes dos grupos de balé foram objetivas ao dizer que foi “muito legal” se apresentar no palco. “Eu fiquei nervosa, mas achei legal”, disse Dayana Kayser da Silva, 6. “Eu achei legal, aí eu fiquei feliz”, complementou Araúna Fogaça Leal, 6. O aluno Michel Marques da Silva, 14, do parkour, conta que “foi muito divertido, porque dá um friozinho na barriga e a gente tem que criar coragem e ir”. A apresentação abordou, justamente, o enfrentamento aos medos.

Participando da Mostra de Talentos pelo segundo ano, o professor Gabriel Rohde conta que as crianças “adoraram” participar da atividade: “A gente ensaiou um tempo com elas e deu tudo certo. É muito bacana sempre poder contar com elas e ver o sorriso no rosto, que elas gostaram de participar e que estão juntas”.

Acesso à cultura

Na abertura da mostra, o secretário da Cultura, Ralfe Cardoso, falou à plateia. Ele destacou a atuação do poder público e a importância de a comunidade ocupar espaço e cobrar mais acesso à cultura: “Isso é política pública. É feito pelo poder público, pela Prefeitura Municipal. É um direito que vocês têm, tanto quanto têm direito à moradia e à educação”, falou. “A CEU é um lugar que vocês têm que entrar cada vez mais, cada vez mais dizer que ‘está faltando aula de teatro para adulto’, que ‘precisa abrir mais uma turma de balé’, porque é direito de vocês”, complementou.

Atualmente, os projetos desenvolvidos na Praça CEU, a partir da Secretaria Municipal da Cultura, são: biblioteca comunitária, parkour infantil e juvenil, ballet baby e infantil, dança contemporânea, ritmos, ritmos e alongamentos, danças árabes, arte e sustentabilidade, atelier aberto e Núcleo de Orquestras Jovens – violino. Atividades propostas por parceiros completam a grade: UJR – Futsal Social, Telecentro, Gameplay, Conexão Esperança (projeto mercado solidário, projeto bazar solidário, quintal esperança – horta comunitária, artesanato e arteterapia), Pastoral da Criança e Instituto Ilda Maciel (Amigos do Bem).