COMUR faz ação alusiva aos 11 anos da Lei Maria da Penha

A cada dois segundos uma mulher é vítima de violência verbal ou física, segundo dados do Instituto Maria da Penha. Esse número assustador só pode ser mapeado depois da criação da Lei Maria da Penha, que completou 11 anos no mês de agosto. Para ressaltar a importância dessa legislação para a mulher brasileira, a Companhia Municipal de Urbanismo (COMUR), por meio de sua Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), preparou uma ação que atingiu os seus 760 funcionários, aproximadamente. Na terça-feira, 5, quem recebia o seu contracheque do mês, também ganhava um material explicativo da legislação e informações sobre a importância do 180 para denúncias de qualquer tipo de abuso, seja em forma de violência física ou verbal.
“No nosso quadro de colaboradores temos mulheres como a maioria. É importante lembrar que a lei foi criada para coibir a violência doméstica e familiar, para que a mulher se sinta amparada caso seja submetida a alguma ameaça a sua integridade”, explicou o diretor-geral da COMUR, Joel Gross. De acordo com a presidente da Cipa, Carolina Fontoura, a Comissão foi desenvolvida para atender todos os assuntos que dizem respeito à saúde e ao bem-estar do trabalhador e, por isso, não poderia ficar indiferente a essa causa. “Essa é uma forma que encontramos de atingir a todos os funcionários, principalmente às mulheres, para que elas se informem sobre a lei e saibam onde procurar ajuda em casos de violência”, ressaltou ela, que fez entregas do material informativo e explicou sobre o tema para funcionárias da Estação Rodoviária Normélio Stabel.
O material recebido pelos colaboradores da COMUR destaca os seguintes pontos da lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, a Lei Maria da Penha: depois de sua criação, diminuiu em 10% o número de mulheres assassinadas; ela é considerada uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento da violência contra a mulher, podendo valer tanto para casais de mulheres e transsexuais; violência não é somente física, mas pode ser psicológica, moral, sexual e patrimonial, sendo que, em muitos casos, o agressor não é o marido, mas outros familiares da vítima, como padrasto, sogro, cunhado, etc.