Atividades alusivas ao Janeiro Branco reúnem usuários de programas da Prefeitura no Parcão

O dia perfeito, de céu azul e sol forte acolheu uma iniciativa fundamental na busca e manutenção da qualidade de vida. Foi no Parcão, das 9h às 11h, que a Rede de Atenção Psicossocial, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu uma série de atividades alusivas ao Janeiro Branco, quando os cuidados com a saúde mental ganha ainda mais força entre a sociedade e este ano tem o tema “A Vida Pede Equilíbrio”.
As ações foram destinadas aos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que atendem, em média 4.400 pessoas na área da saúde mental, oferecendo, além do atendimento psicológico, oficinas em várias áreas como de artesanato e confecção.
“Sinto muito orgulho do trabalho que nossa rede de saúde mental faz aqui no município. Somos referência para o Estado nas ações que promovemos”, disse o secretário municipal de Saúde, Marcelo Reidel.
Ele chamou a atenção para o fato de que é preciso acabar com as barreiras que impedem as pessoas de buscar atendimento quando se trata de cuidar da saúde mental. "É um tipo de adoecimento que não dá para deixar de lado, é preciso ir além de janeiro e trabalhar essa questão em todos os meses do ano", completou o secretário.
Da mesma forma, o gerente de saúde interino de Saúde Mental, da SMS, Álvaro de Oliveira, destacou o trabalho da rede de servidores que atuam na linha de frente, os profissionais responsáveis pelo atendimento psicológico, pelas oficinas, entre outros atendimentos. "É fundamental disseminar a importância deste cuidado, as emoções precisam ser organizadas, a sociedade entra em equilíbrio quando a saúde mental também está equilibrada", ressaltou.
Processo lento e difícil, mas fundamental
O Coral do CAPS Santo Afonso, coordenado pela psicóloga Rosane Fürst foi uma das primeiras atrações do cronograma que ofereceu muitas atividades, como Feira de Artesanato, Caminhada Guiada, entre outras apresentações culturais. Atenta à apresentação do Coral, a moradora do Kephas Verônica Constante, de 56 anos, falou sobre a importância do trabalho da Rede de Atenção Psicossocial em sua vida.
Ex-usuária de crack, ela frequenta o CAPS há oito anos, e conta que com a ajuda da equipe, está há dois anos sem contato nenhum com a droga. Ela conta que é um processo, lento, difícil, mas que quando se mostrou aberta a mudar, encontrou forças e apoio. Ela recebe atendimento psicológico uma vez por mês e participa das oficinas de artesanato. Adora pintar e conta orgulhosa que já presenteou a filha com um dos quadros que criou. “Vou, uma vez por mês, ver a psicóloga, mas, se eu preciso de atendimento antes, sempre tem”, diz Verônica ao ressaltar que sem este atendimento, sua vida estaria resumida ao uso de drogas. Mais informações sobre a Rede podem ser encontradas no link (clique aqui).