Animais recuperados pelo Canil aguardam um novo lar

Publicada em 06/05/2013 - Atualizada em 17/10/2024
Cadela Taisinha após um mês de tratamento - Foto: Deivid Poncio
Há um mês quando Taisinha foi resgatada pelos funcionários do Centro Municipal de Proteção aos Animais (Cempra) – Canil Municipal de Novo Hamburgo – seu estado era tão grave que poucos acreditariam que ela poderia se recuperar. A cadela, filhote de raça indefinida, foi encontrada no Parque Henrique Luiz Roessler (Parcão) extremamente magra, completamente sem pelos, por causa de uma infecção bacteriana na pele e sarna, e infectada com miíase (bicheira). Mas, após um mês passando por um tratamento intensivo no Canil, a cadelinha está se recuperando e já está muito mais forte. Hoje ela apenas espera o momento em que será liberada para a adoção.

Outro animal que superou as expectativas é Gavetinha, um jovem cachorro, também de raça indefinida. Quem o vê correndo pelo pátio, não imagina que, há pouco mais de três meses, o mesmo cachorrinho foi levado às pressas ao Canil com um corte de mais de 10 centímetros na região lombar causado por uma facada. “Quando vi que o ferimento era tão profundo que quase atingia a coluna do 'Gaveta' achei que não tinha como ele sobreviver”, revela a veterinária responsável pelo Cempra, Karen Silveira de Souza. Hoje o animal esbanja saúde e até as marcas da cirurgia já não são mais vistas, por conta do pelo que cresceu.

Assim como Taisinha e Gavetinha, outros cerca de 200 animais vivem no Canil atualmente, que é um órgão da Prefeitura, mantido por meio da Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM). Todos eles foram resgatados das ruas, foram tratados, castrados e hoje esperam por um novo dono e um novo lar. Somente de janeiro a março deste ano o Cempra recolheu 434 animais e castrou 221, enquanto 183 foram adotados. Durante o ano de 2012, foram 2.259 recolhimentos, 2.094 castrações e apenas 794 adoções. Como o Canil trabalha no limite de animais determinado pelo ministério público, ficam abrigados apenas aqueles que são prioridade, como filhotes, animais atropelados ou vítimas de maus tratos e cadelas e gatas prenhes ou com ninhadas. Para promover o controle populacional, os animais saudáveis são recolhidos, castrados e devolvidos ao local de origem. “O Canil não é a casa desses animais. Este é um lugar de passagem, um centro de proteção e de cuidados, por isso nós só mantemos aqui aqueles que realmente precisam”, afirma Karen.

Todos os animais que estão abrigados podem ser adotados. Para isto, basta ser maior de 18 anos, levar o documento de identidade e um comprovante de residência. O Canil de Novo Hamburgo fica na Rua Antônio Roberto Kroeff, 275, no bairro Santo Afonso. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3586-1880. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 12 às 17 horas. Aos sábados, quando não participa de feiras de adoção, o Canil fica aberto pela manhã.

Seminário abordou situação do Canil

A 19ª edição do Plano de Acessibilidade Ambiental (PAAM), que ocorreu no dia 24 de abril, abordou o tema “Reestruturação do Canil Municipal: local, atendimento e infraestrutura”. Promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM), o evento ocorreu no auditório do 4º andar do Centro Administrativo Leopoldo Petry e foi aberto a toda a comunidade. No encontro, a veterinária Karen Silveira de Souza, fez um relato sobre a estrutura do Cempra e como ele trabalha. Além disso, foram debatidas ideias para uma nova sede e sobre como se poderia trabalhar nesta nova estrutura. “Nós recolhemos exemplos de vários canis novos de outros municípios para que possamos analisar o que pode ser feito. O nosso objetivo é ampliar o trabalho e melhorar o serviço”, explica Karen. Além da SEMAM, estiveram presentes no evento representantes da Organização pela Dignidade dos Animais Abandonados (Ondaa). Durante o seminário, o público pôde questionar e até mesmo fazer sugestões em prol dos temas debatidos.