A Associação dos Municípios do Vale do Rio do Sinos (AMVRS) está praticando mais do que nunca sua principal função nesse momento: manter unido os interesses regionais em nome da coletividade. Nesse sentido, a presidente Corinha Molling elogiou a postura dos prefeitos que integram a entidade pela coesão e defesa dos interesses do Vale do Sinos acima do interesse de cada cidade.

Este posicionamento dos gestores foi necessário após reunião realizada na manhã de segunda-feira, 22, na Secretaria de Segurança Pública (SSP) do RS, quando os prefeitos foram informados pelo secretário Cezar Schirmer, que os recursos para investimentos em segurança na região - oriundos de indicativos de emendas parlamentares da Câmara e Senado Federal - serão bem mais escassos que os R$ 12 milhões esperados: ficarão em R$ 4,4 milhões.

Além disso, os prefeitos souberam que teriam que se unir ainda mais para correr contra o tempo exíguo à execução do projeto que permitirá formalizar interesse pelo recurso: dez dias de prazo. E, finalmente, foram desafiados a digerir a informação de que as emendas indicadas pela bancada gaúcha comtemplaram apenas seis e não as 12 cidades da região como previsto em encontros organizados pelo Movimento #Paz, realizados em Brasília com deputados e senadores. “Foi um dia difícil, exaustivo e no qual tivemos que praticar o coleguismo e o senso regional. Da manhã para a noite tivemos uma mudança drástica de cenário, o que implicou em discussões e decisões importantes que exigiram coesão do grupo formado, na grande maioria, por prefeitos novos que estão de parabéns pela conduta e discernimento”, destacou Corinha.

A prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt, participou do encontro ao lado do secretário de Segurança, Roberto Jungthon, e destacou a importância de manter a união do grupo, trabalhando de forma regional. “Tratando-se de recursos, não podemos nos dar ao luxo de perder nenhum centavo. Precisamos continuar atuando em conjunto e fazer todo o esforço possível para ter acesso a estes valores”, assinalou a prefeita.

Na prática, devido à redução dos recursos e das indicações de emendas contemplarem apenas metade das cidades, em reunião extraordinária, ainda na noite de segunda-feira, 22, os prefeitos definiram que o projeto do cercamento eletrônico da região será dividido em duas etapas. A primeira beneficiará as cidades contempladas com o somatório de R$ 4,4 milhões em indicativos de emendas parlamentares (Campo Bom, Dois Irmãos, Lindolfo Collor, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Sapiranga). A segunda etapa prevê a captação de novos recursos para complementar o projeto, contemplando as demais cidades.

UNIÃO DE ESFORÇOS - Como a AMVRS já estava em tratativa para a contratação de empresa para a execução do projeto, também ficou acordado que as seis cidades da Etapa 1 unirão esforços para cumprir um check list de informações básicas ao projeto. Na sexta-feira, dia 26, o grupo pretende se reunir com o setor de Convênios da SSP para uma consulta de orientação técnica. O fim de semana promete ser intenso para os técnicos da empresa que, conforme acordado, formarão uma força tarefa para compor os pré-requisitos ao convênio com o Estado do RS que justificou ter até o dia 9 de junho para inscrever o projeto no sistema de convênios do Ministério da Justiça, dono do recurso ao projeto. “Estamos sendo assessorados por uma empresa experiente neste tipo de projeto e acreditamos que venceremos esse prazo que tentamos renegociar, mas o secretário Schirmer se disse impossibilitado de alterar datas estabelecidas pelo sistema fora de sua alçada”, elucida Corinha que também programa conversar com a base gaúcha em Brasília para entender a redução do valor e das cidades contempladas com as indicações de emendas para segurança pública.

Integram a AMVRS as cidades de Araricá, Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor, Morro Reuter, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Presidente Lucena, São Leopoldo e Sapiranga. (Com informações de Sílvia Trovo, da Assessoria de Imprensa da AMVRS).