Aconteceu nos dias 14 e 15 de agosto o 1º Encontro Nacional de Gestores da Cultura, em Vitória, no Espírito Santo, que promoveu diversas oficinas, minicursos e diálogos. O evento contou com mais de mil representantes do setor cultural dos 26 estados e do Distrito Federal, que discutiram as políticas culturais do País. A Secretaria da Cultura de Novo Hamburgo foi representada pelo diretor de cultura, Alex Lassakoski.

Com o tema “Cultura: uma estratégia para o Brasil”, o Encontro foi realizado pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura e Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados, em parceria com a Secretaria da Cultura do Espírito Santo, a Unesco no Brasil, a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), a Fundação Itaú e Itaú Cultural, o Instituto Cultural Vale e o Ministério da Cultura (MinC), com apoio da Ufes e TV Educativa do Espírito Santo (TVE).

O evento proporcionou a oportunidade de perceber questões e anseios das políticas culturais de cada região do Brasil, além de criar estratégias criativas para solucionar os atuais desafios do País. A programação do encontro foi voltada a três abordagens: Diálogos Necessários, Minicursos e Encontros Temáticos. Entre as capacitações, houve o minicurso “Transversalidade da Lei Paulo Gustavo (LPG) e Lei Aldir Blanc”, que abordou possibilidades estratégicas para o trabalho coletivo e no fomento de uma rede cultural.

Neste sentido, é importante ressaltar o intenso trabalho que a Secretaria da Cultura de Novo Hamburgo vem desenvolvendo com os Diálogos Culturais, com o objetivo de aproximar e esmiuçar a LPG com os produtores de cultura da cidade, além de proporcionar capacitações para fomentar e qualificar a elaboração de projetos culturais.

“Foi uma programação potente e diversificada, possibilitando a conexão e troca de experiências entre as gestoras e os gestores públicos de cultura de todas as regiões do país. Os diálogos plurais nos propuseram e provocaram a continuarmos pensando em estratégias e soluções para superação dos consideráveis desafios que encontramos na implementação das políticas culturais, percebendo-os comuns à maioria dos gestores brasileiros. Nas diversas conversas e palestras, identificamos o esforço e o trabalho qualificado que a Secretaria de Cultura vem desenvolvendo e que vem sendo reconhecido em outros territórios”, relatou o diretor de cultura, Alex Lassakoski.

O Encontro contou com a presença da ministra da Cultura, Margarete Menezes, além da importante palestra da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia, que trouxe uma problematização fundamental focada na necessidade de se “culturalizar a democracia”, invertendo a famosa expressão recorrentemente utilizada da “democratização da cultura”. A ministra defendeu o direito à cultura para todas e todos e salientou o caráter excepcional da aprovação do Projeto de Lei do marco regulatório do fomento cultural, que está em tramitação no Congresso.

Em consonância com as palavras da ministra Carmen Lúcia, a ministra Margareth Menezes afirmou que a cultura é tão essencial como o sangue que corre em nossas veias transportando nutrientes.

“Nossa cultura é uma maravilha, mas não pode ficar na ilha. Somos ponte”, parafraseando a canção de Lenine e Lula Queiroga. Ela ainda complementou a fala afirmando que é imprescindível que defendamos a cultura como uma importante política pública “porque é o que ela é”, disse.