Prevenção e controle do colesterol para evitar riscos de doenças cardiovasculares

Recém-lembrado no calendário da saúde, o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, em 8 de agosto, está vinculado às ações de prevenção a doenças cardiovasculares. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), aproximadamente 40% da população no País têm níveis altos do composto gorduroso no organismo.
Conforme o clínico-geral Dr. Luan Henrique Marcolino Dias, que atua na Unidade de Saúde da Família (USF) Boa Saúde, os mais de dois anos de pandemia trouxeram desafios e alertas sobre fatores de risco a partir do sedentarismo, da má alimentação à base de produtos processados e multiprocessados, ricos em gorduras saturadas e trans, e de outros hábitos nada saudáveis como o tabagismo aliado à ansiedade e ao estresse.
“Pessoas magras também podem ser afetadas pelo problema”, observa o médico. “Significa que as condições para tanto não são apenas alimentares, mas também genéticas e de estilo de vida”, complementa. Segundo o Dr. Luan, pessoas com outros riscos cardiovasculares associados também podem necessitar de medicações específicas ao controle dos níveis de colesterol, as chamadas estatinas, com foco no mau colesterol LDL.
Em relação ao desequilíbrio dietético, o médico elenca as frituras, os embutidos como as linguiças, a gema do ovo, as peles de aves, as margarinas e manteigas como alimentos que contribuem para depósitos de gordura nas paredes das artérias, de modo a comprometer o coração e outros órgãos com o passar do tempo.
Quando se fala em colesterol, observa o Dr. Luan, é preciso orientar a população de uma maneira abrangente. Ele lembra que os alimentos in natura, ricos em fibras e as carnes brancas compõem as dietas balanceadas e ajudam a reduzir os níveis de LDL. Contudo, a molécula do bem HDL tem ação contrária, pois remove o colesterol das artérias e o transporta ao fígado, de maneira a impedir o seu acúmulo.
“O colesterol, inclusive, faz parte da estrutura das células e entra na formação de cortisol e hormônios sexuais”, acrescenta o Dr. Luan. “No entanto, sem o devido acompanhamento por meio de exames de sangue, porque costuma ser silencioso, o colesterol ruim elevado pode levar a complicações como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).” Obesidade, diabetes, histórico familiar e pressão alta podem exigir um controle mais rígido dos níveis. “A mudança para hábitos mais saudáveis, sob orientação nutricional e médica, tem papel fundamental para a melhor qualidade de vida”, conclui.