A data de conscientização em 6 de junho como Dia Nacional do Teste do Pezinho foi instituída pela Lei nº 11.605/2007 com a proposta de informar à população sobre a importância do Programa de Triagem Neonatal pelo Ministério da Saúde. O termo triagem se refere a identificar, neste caso em recém-nascidos assintomáticos, quem está sob risco de desenvolver determinadas patologias e que se beneficiaria dessa investigação.



Todos os bebês devem fazer a testagem a partir do 3º dia de vida e, preferencialmente, até o 5º dia. Esse exame é feito com a coleta de gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o teste gratuito para prevenção, diagnóstico, acompanhamento e tratamento precoce de seis doenças até o momento: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.



A pediatra neonatologista Natália Corrêa, que atua junto à Maternidade do Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH), reforça a importância da atenção das famílias ao teste do pezinho na triagem neonatal. “Com esses diagnósticos, disponíveis na rede pública, a gente consegue atuar no tratamento precoce”, enfatiza. Tratam-se de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas capazes de afetar o desenvolvimento neuropsicomotor, mas que não apresentam sintomas facilmente detectáveis.



A médica explica que os bebês internados na UTI Neonatal passam pela coleta do teste do pezinho durante a hospitalização. Já no alojamento da Maternidade, os recém-nascidos costumam ter alta em torno de dois dias de vida e, por essa razão, normalmente são encaminhados para o exame em sua unidade primária de referência. Na etapa seguinte, o pediatra irá avaliar os resultados e conversar com os pais. “O dia 6 de junho está aí, no calendário da saúde, pra gente lembrar do quanto é importante o teste do pezinho”, finaliza a doutora Natália.