Cine CRAS Canudos tem sessão toda quinta à tarde nas férias

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Ação do Grupo Comunidade passa a ser semanal, sempre às 14 horas, durante os meses de janeiro e fevereiro
Publicado em 24/01/2020 - Editado em 15/10/2024 - 10:42
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No Cine CRAS, a sessão é interativa e tem um tom mais descontraído do que nas salas tradicionais de cinema, com o objetivo de promover a convivência e fortalecer vínculos
Crédito
Karina Moraes/PMNH

Uma sessão de cinema que dá direito a bate-papo sobre o filme, escolhido pelos próprios espectadores, com pipoca e suco à vontade, além de uma dose extra de descontração na sala escura. Assim é o Cine CRAS Canudos, uma realização do Grupo Comunidade, formado no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro.

O Cine CRAS Canudos ocorre praticamente o ano todo na última quinta-feira do mês, salvo em janeiro e fevereiro, mas o horário é sempre a partir das 14 horas. Nesses dois primeiros meses de 2020, ganha agenda ampliada com encontros semanais. “É uma das formas de mantermos bem alinhado o trabalho de fortalecimento de vínculos que integra os nossos serviços”, observa o assistente social Nicolas Bilhalva. Ele está na coordenação do Grupo Comunidade juntamente com a estagiária de Educação Social Edilaine dos Reis. “As ações comunitárias e intergeracionais são extremamente importantes em nossos processos socioassistenciais, por isso buscamos apresentar um conteúdo de classificação livre, que possa ser assistido por crianças, jovens e adultos.” E a duração dos filmes costuma ser, em média, de 1h30, de maneira a garantir a adesão.

As exibições ocorrem em uma sala do CRAS Canudos ou no espaço de convivência da unidade, conforme o tamanho da plateia, que pode variar de dez a 30 espectadores. Entre “UP – Altas Aventuras” e “A Menina e o Leão”, o público participante da sessão do dia 23 de janeiro elegeu a segunda opção, depois que Bilhalva apresentou as sinopses das histórias e abriu uma informal votação.

Antoninha Padilha do Amaral, 70 anos, foi uma das presenças na sala e elogiou a iniciativa assim que chegou para uma nova experiência audiovisual. “Frequento há tempos o Cine CRAS e só fui ao cinema mesmo uma vez na vida, há uns 40 anos, para ver um filme do Didi (Renato Aragão), de Os Trapalhões”, confessa. “Antes, eu morava no Kephas e agora estou no Canudos, onde participo do Grupo Comunidade e não perco o Cine CRAS”, completa.

Sobre o filme

“A Menina e o Leão” (Mia et le lion blanc, 2018) é uma coprodução entre França, Alemanha e África do Sul. O filme trata do laço que se cria entre uma garota e um leão branco. A questão ambiental é o eixo principal da história, permeada pelas relações humanas e o interesse econômico que se sobrepõe à vida, representado na prática de caçadas a animais que estão em vias de entrar em extinção.

A interação entre crianças e espécies selvagens remete a produções como Mogli, o Menino Lobo, e reproduz uma realidade ainda presente na África do Sul. Leões brancos vivendo em liberdade em seu habitat são cada vez mais raros no país. Com origem na região de Timbavati, esses grandes mamíferos africanos são sagrados para as populações nativas e considerados mensageiros de ordens divinas.