Jovens do Kephas/Diehl mostram um mundo por trás das lentes

O cotidiano contado a partir do olhar através de uma lente. O foco é o bairro Kephas/Vila Diehl, Rua Tamoio, 52, e os personagens principais os seus jovens moradores. Com esse contexto, começa a se construir uma nova percepção de comunicação e a importância dela. Esse é apenas um dos propósitos da oficina de Audiovisual, em execução pela Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo (PMNH) por meio do Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado (PDMI). Os alunos, que terminaram a etapa da fotografia, começarão a trabalhar a parte de roteiro para então produzir o documentário que ainda não tem tema definido. O projeto faz parte do componente de Prevenção à Violência e atende alunos no turno da manhã e a tarde.
O término da oficina está previsto para o próximo dia 28 deste mês. A turma é composta por faixas etárias mistas, que aumenta a variedade de assuntos no âmbito cinematográfico, contribuindo para o desenvolvimento da aula, segundo a educadora social Pâmela Rodrigues de Almeida. “Eles gostam muito de filmes e todos os encontros trocam ideias. Isso é muito bom porque gera o interesse pela oficina, mesmo que não seja aquilo que eles queiram fazer no futuro. Agora o desafio deles é escolher a temática do documentário e escrever o roteiro”, disse.
A jovem Natasha Fishburn, 18 anos, que foi inscrita pela irmã e vem de família do mundo das artes, pensa em seguir no universo das narrativas audiovisuais após o término da oficina. “Minha irmã, Luana, me inscreveu e nem me contou sobre o que era o curso. Só depois que fui saber. Mas já tenho curso em fotografia, mobile e mídias sociais e este é mais um que vem para somar. Eu acredito que por meio do projeto novas portas se abrem à descoberta do novo mundo, também em função das atividades desenvolvidas. Eu fiquei muito feliz quando pude cobrir um evento na Universidade Feevale, é algo simples, mas que agrega”, falou.
No dia de seu aniversário, completando 15 anos, o estudante João Vitor Barth, deixou de lado os festejos, a preguiça pós carnaval e foi para oficina. “Eu gosto de fotografia. Não conhecia muito, mas pretendo me aperfeiçoar. Além disso, este é um lugar que posso fazer amigos novos e isso é muito bacana”, finalizou. A oficina é financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).