Seminário sobre compostagem discute alternativas para conscientizar a comunidade sobre a melhor destinação de resíduos orgânicos

Linha de apoio
Público de aproximadamente 50 participantes, com uma significativa parcela de professores, conferiu painéis e debates com especialistas em sustentabilidade
Publicado em 25/09/2018 - Editado em 15/10/2024 - 10:26
Em uma sala, ao fundo, três pessoas sentadas em cadeiras. Em frente a estas pessoas, o público sentado lado a lado também em cadeiras
Em torno de 50 participantes, com significativa presença de professores, conferiram os painéis e debates propostos pelo evento
Crédito
Karina Moraes

Cascas de frutas e legumes, folhas, podas de árvores e outros resíduos vegetais muitas vezes são misturados aos recicláveis em um mesmo lixo, quando poderiam ter a compostagem como a solução válida. O desperdício causado pela destinação inadequada do material orgânico, que vira adubo e fertilizante, cobra de toda a sociedade uma cadeia de danos ao meio ambiente. Afinal, ao mesmo tempo, cria-se um impacto social negativo ao dificultar a reciclagem do lixo seco, um gerador de renda a muitas famílias por meio de cooperativas.

Aberto à comunidade, com público de aproximadamente 50 participantes, um encontro em torno do tema das causas e efeitos da compostagem foi realizado pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam), da tarde até a noite da última segunda-feira, dia 24, no cenário acadêmico do Espaço Cosmos, no 3º andar do Prédio Vermelho do Câmpus 2 da Universidade Feevale. Na ocasião, o seminário Compostagem e Produção de Adubo Caseiro – 17º Encontro de Alto Nível/Aidis traçou o panorama atual dos incentivos à prática na cidade e no Estado, com ênfase ainda à coleta seletiva em Novo Hamburgo, e à apresentação de iniciativas em desenvolvimento também na capital e em outros municípios gaúchos.

Durante o evento, tendências sustentáveis do País e do exterior, que trazem olhares atentos a políticas públicas pelo consumo e descarte conscientes, em conjunto com a atuação efetiva da iniciativa privada, estiveram em pauta com o objetivo de traçar diretrizes à sensibilização comunitária na implementação cada vez maior da compostagem descentralizada. Além da Feevale, a Prefeitura contou com as parcerias organizacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Laboratório de Estudos Ambientais para a Metalurgia (LEAMet), da Assessoria de Gestão Ambiental (AGA), da UFRGS, e da Associación Interamericana de Ingenería Sanitaria y Ambiental (Aidis).

No início da tarde, o secretário municipal de Meio Ambiente, Udo Sarlet, saudou os participantes, juntamente com a professora e pesquisadora da Universidade Feevale Vanusca Dalosto Jahno, que teve papel de mediadora durante os debates, e o engenheiro agrônomo e professor da UFRGS Darci Barnech Campani. As boas-vindas musical foi garantida pelo Coro Catavida, conhecido por suas apresentações em diversos eventos municipais. Também esteve presente na abertura a chefe de Gabinete da Semam, Cristiane Hermann, uma entusiasta do trabalho de reciclagem desenvolvido de maneira cooperativada em Novo Hamburgo.

Na primeira parte do encontro, os painéis foram conduzidos pelo engenheiro agrônomo Marco Aurélio Salvaro de Souza, com o tema “Compostagem em Escala Industrial”, a gestora ambiental Danusa de Oliveira Meneguelo Lobo, da empresa Re-Ciclo, tratou da “Compostagem urbana”, e o biólogo e permacultor Jeferson Müller Timm, apresentou o Projeto Floração, da Prefeitura de Campo Bom. Debate entre os participantes, com abertura de perguntas ao público, fecharam o primeiro ciclo.

Depois do intervalo, no fim da tarde, a engenheira e mestre de Qualidade Ambiental Karin Luise dos Santos trouxe a temática “Economia Circular”, uma forma de fomentar os negócios sustentáveis. Em seguida, o coordenador da unidade de trabalho e renda Cooperativa Univale no Município, Alessandro Alves, apresentou ações de decomposição orgânica na prática, com direto a sorteio de um kit composteira completo e de uma floreira com arranjo de flores, cultivadas a partir da técnica caseira de produção de adubo e fertilizante. Para encerrar a série de painéis, o case Compostagem Comunitária Leamet/UFRGS foi apresentado pelo professor Darci Barnech Campani.

A engenheira química da Diretoria de Limpeza Urbana (DLU), vinculada à Semam, Barbara Potrich Zen, participou da organização e do debate final, que mais uma vez contou com a interação dos inscritos e a presença de Karin, Vanusca, Alves e Campani. De acordo com Barbara, o seminário foi importante para a troca de conhecimentos, de maneira muito franca, entre os palestrantes e o público. “Nossas ações seguem no Município, porque a conscientização precisa ser continuamente semeada, com especial atenção a ambientes escolares”, conclui.

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Quatro pessoas sentadas em cadeiras em uma sala Quatro pessoas sentadas em cadeiras em uma sala Em pé, homem de costas ao microfone Secretário Udo em pé com um microfone na mão