Integração é a palavra que define a modalidade do hip-hop oferecida no Centro de Artes e Esportes Unificados (Centro CEU), no bairro Boa Saúde. A oficina, que faz parte do componente de Prevenção à Violência do Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado (PDMI), em execução pela Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, é uma oportunidade de se expressar, seja por meio da dança, do desenho, da rima ou do som.

A estudante Alexandra Osvaldina da Rosa, 15 anos, participa de mais duas oficinas do PDMI e diz que, especialmente, nessa ela consegue chegar mais próximo de seu sonho. “Eu amo dançar. Quero ser professora de dança, porque acredito que os movimentos mostram os nossos sentimentos e quando eu danço estou feliz”, falou.

O irmão de Alexandra, Christian Fernando da Rosa Caetano, 14, entrou na oficina não pela dança, mas sim pela música. “Eu não levo jeito pra dança. Eu gosto do som, da batida e também porque eu queria fazer todas as atividades possíveis. Meus amigos que moram na mesma rua também participam. Então, quando não estamos nessa aula, jogamos bola, conversamos e não tem ruim aqui”, disse.

O estudante Rafael Martins de Oliveira, 16, diz que se sente feliz por poder participar da oficina. “Eu prefiro a parte do grafite e do DJ, porque as outras modalidades não levo jeito. Mas tento  participar de tudo em função de ser uma forma de arte e pelos meus amigos participarem”, destacou.

A educadora social Andrea de Jesus Paiva Schuh destacou que na oficina os alunos têm a oportunidade de se expressar e de interagir uns com os outros. “É uma das oficinas que eles mais se identificam por estar mais próxima da realidade deles. Eles exploram técnicas do grafite, entendem que é arte e não pichação, conversam sobre expressão, tem batalha de rimas, onde expõem seus sentimentos e utilizam a própria linguagem. Por ter esses quatro elementos, quem não se identifica com ou com outro, acaba não sendo excluído. Pelo contrário, une os diferentes públicos por englobar essas modalidades”, enfatizou.

O instrutor de hip-hop Ericson Borba de Oliveira ressaltou que durante a oficina serão trabalhados conceitos como respeito, sexualidade, etnia, entre outros. “Hoje estamos terminando um filme que aborda um pouco de cada assunto. O objetivo é mostrar para cada um deles, que é possível mudar a realidade em que eles estão inseridos, por meio da cultura. Fazer à prevenção à violência, em parceria com a arte, porque quem não gosta da rima, tem a opção de grafitar e assim todos vão se desenvolvendo”, finalizou.

O Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado (PDMI) é desenvolvido por meio de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).