SEMAM emite relatório sobre mortandade de peixes

Segundo o biólogo Carlos Normann, foram analisadas a brânquia, por ser um dos primeiros órgãos no peixe que entra em contato com a água, o fígado, pelo importante papel no metabolismo e na desintoxicação, e os glóbulos vermelhos (sangue), para a verificação de possíveis modificações no material genético.
Com os estudos foram constatados quebra de material genético (cromossomos) e lesões no fígado e nas brânquias das espécies. O conjunto de danos verificados aponta para uma possível origem associada ao pico de manganês (Mn) identificada pela Comusa – Serviços de Água e Esgotos de Novo Hamburgo, nos dias da mortandade. A fonte do elemento químico pode estar associada a produtos agroquímicos, principalmente pelos dados que comprovam a elevação na contagem do material na água, normalmente identificada pela Comusa no Rio dos Sinos.
Outras análises estão sendo realizadas pela secretaria para a conclusão do estudo. Conforme o secretário de Meio Ambiente de Novo Hamburgo, Ubiratan Hack, foram encaminhados para o laboratório amostras para a realização de um estudo cromatográfico, procedimento que buscará pesticidas e fungicidas de uso agrícola.
As informações serão repassadas para a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM) e para o Ministério Público. Com os levantamentos apontados no relatório, a SEMAM questiona as informações divulgadas anteriormente que creditam somente ao esgoto doméstico as causas do incidente.