Metrô em Novo Hamburgo: garantidas novas obras

Publicada em 18/08/2011 - Atualizada em 17/10/2024
Autoridades e representantes da Trensurb estiveram no gabinete do prefeito Tarcísio Zimmermann. - Foto: Robson Nunes
Novo Hamburgo recebeu mais uma excelente notícia. O governo federal, por meio do Ministério das Cidades, confirmou obras complementares para a extensão da Linha 1 do metrô, que deve estar concluída em setembro de 2012, beneficiando diretamente os hamburguenses. Com isso, a cidade ganha mais uma estação, no bairro Industrial, possibilitando mais usuários ao meio de transporte coletivo. Além disso, duas estações previstas, FENAC e Centro (agora chamada de Novo Hamburgo), serão concebidas de forma mais moderna, e a calha do Arroio Luiz Rau será aumentada para evitar alagamentos, principalmente nas proximidades da Estação Rodoviária Normélio Stabel. Essas e outras melhorias foram apresentadas na quinta-feira, dia 18 de agosto, no gabinete do prefeito Tarcísio Zimmermann. Ele esteve acompanhado da direção da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb), que auxiliou no detalhamento das obras. Com as obras complementares oficializadas, a extensão do metrô é o maior investimento do governo federal no Rio Grande do Sul.

Com os aditivos, que eram uma reivindicação da comunidade e da atual Administração, desde que assumiu em 2009, as obras do metrô terão um incremento de R$ 102,8 milhões. O investimento total chega aos R$ 752,17 milhões. Conforme Tarcísio, a nova possibilidade faz com que o novo transporte público chegue no Município da melhor forma. “São obras importantes e onerosas que, com muito trabalho, conseguimos incluir no projeto. Assim, haverá economia e agilidade nas novas melhorias”, afirmou. Durante a apresentação, o presidente da Trensurb, Humberto Kasper, também destacou o trabalho articulado. “Foram solicitações pesadas, e, o prefeito conseguiu que todas fossem atendidas pelo governo”, disse.

As obras

A apresentação das obras e valores foi feita pelo engenheiro da Trensurb, Lino Fantuzzi. Ele detalhou os projetos das estações, mostrando gráficos e os principais motivos que justificam os novos investimentos. Junto dele, o diretor do Consórcio Nova Via, que é responsável pelas obras de extensão, Nilton Coelho, também destacou as intervenções que os hamburguenses terão pela frente. “São obras que terão um impacto muito grande na circulação, muitas pontes terão que ser reconstruídas. Mas com certeza, o transtorno será bem menor com todas elas acontecendo ao mesmo tempo”, argumentou.

Estação Industrial

Inicialmente não estava prevista nas obras de extensão, apenas de forma superficial. Agora ela será concebida de forma integral. “Ela é necessária em função da alta concentração de moradias e indústrias. Com ela, mais hamburguenses poderão utilizar o metrô”, descreve Tarcísio. Com isso também haverá um encurtamento entre a estação Santo Afonso (antes chamada de Liberdade) e a estação Fenac, que ficará em frente a Rodoviária Normélio Stabel. Conterá salas comerciais e acessos. Investimento: R$ 23,6 milhões.

Estação Fenac

Permitirá a total integração com a Rodoviária Normélio Stabel e acesso ao futuro novo terminal de ônibus urbano. Terá um novo nível mezanino para integração viária e distribuição dos passageiros. Assim como as demais estações, terá total disponibilidade de acessibilidade para portadores de necessidades especiais. Investimento: R$ 7,6 milhões.

Estação Novo Hamburgo

Adequação da estação com a formatação tipo ilha (que atende os dois lados, ida e volta), com maior largura e sem lateral. Está em processo de negociação a possibilidade da integração da estação ao Bourbon NovoShopping. Investimento: R$ 14,7 milhões.

Arroio Luiz Rau

O Arroio Luiz Rau terá sua calha alargada e aprofundada em 2,5 quilômetros, desde a Estação Novo Hamburgo (terminal antes chamado de Estação Centro) até a junção com a Avenida Primeiro de Março (antigo Carrefour). A obra é necessária em função das constantes enchentes nas proximidades da Fenac. A sua não inclusão atrapalharia a utilidade das estações em dias de grandes precipitações. A totalidade de sua canalização (da Avenida Primeiro de Março até o leito do Rio dos Sinos) dependerá de projeto que será encaminhado pela Prefeitura para o PAC da Macrodrenagem. A primeira etapa terá investimento de aproximadamente R$ 30 milhões.