Comusa já concluiu 65% da obras de interceptores do Arroio Luiz Rau

Publicada em 16/08/2012 - Atualizada em 17/10/2024
Equipes trabalham na Avenida Nações Unidas - Foto: Divulgação/Comusa
A obra responsável por tratar o esgoto cloacal produzido em Novo Hamburgo já tem 65% dos tubos interceptores instalados nas margens do Arroio Luiz Rau. O trabalho iniciou em março de 2011. Ao todo, 10 dos 15 quilômetros de redes projetadas estão prontos. Duas equipes com mais de 20 pessoas trabalham na Avenida Nações Unidas para terminar o restante do empreendimento. Somente o sistema do Arroio Luiz Rau beneficiará 130 mil moradores em 17 bairros. Junto dessas construções, também está em andamento a Estação de Bombeamento de Esgoto no bairro Santo Afonso, com 30% da obra pronta.

Os canos usados têm entre 150 milímetros e um metro de diâmetro. Eles são colocados ao longo das duas margens do Arroio Luiz Rau para conduzirem o esgoto até a Estação de Tratamento. Desde segunda-feira, 13 de agosto, a frente de trabalho atua entre as Ruas Cinco de Abril e Joaquim Nabuco, no Centro. Na sequência, o trabalho ocorrerá entre as Ruas Três de Outubro e Caramuru, para finalizar a etapa na Avenida Nações Unidas. “Queremos concluir estas partes nos próximos dois meses, para que esteja toda a região central liberada antes do final do ano”, salienta o diretor geral da Comusa, Mozar Dietrich.

As bacias

Para a formulação do projeto, a área de Novo Hamburgo foi dividida em três: a do Arroio Luiz Rau, no Centro; a do Arroio Pampa, Leste; e a do Cerquinha, Oeste. O Arroio Luiz Rau, também conhecido como Arroio Preto, é o maior deles e o mais poluído. Um dos objetivos da obra é devolver o arroio limpo à cidade, inclusive, com condições para vida aquática. Quando a obra do Arroio Luiz Rau estiver concluída, Novo Hamburgo terá alcançado a capacidade de tratar 50% do esgoto da cidade.

Saneamento recebe o maior investimento da história

No total, Novo Hamburgo está investindo R$ 150 milhões na maior obra de saneamento da sua história. Em cinco anos, o volume de esgoto tratado no Município será de 80% e a capacidade de captação e tratamento de água será ampliada em 30%. “São todas obras de grande envergadura que, inclusive, causam transtorno momentâneo para a população, mas que irão colocar nossa cidade em destaque na área do saneamento nos próximos anos”, lembra o diretor técnico da Comusa, Alexandre Menezes.

Impacto no Meio Ambiente

Historicamente o esgoto gerado na cidade é despejado nos arroios que chegam ao Rio dos Sinos. Sem tratamento, estes resíduos causam impactos negativos significativos em toda a região, como disseminação de doenças, agravamento do problema de escassez de água de boa qualidade, desequilíbrio ecológico e mortandade de peixes. Os arroios são os grandes receptores deste material nos centros urbanos. Tratar o esgoto significa menos gastos com problemas de saúde no futuro. Diz-se que para cada um real investido em saneamento, quatro reais são economizados na saúde. Além disso, haverá impactos positivos como melhoria de qualidade de vida da população e das águas do Rio dos Sinos, reconhecido hoje como um dos mais poluídos do Brasil.