Comusa já concluiu 65% da obras de interceptores do Arroio Luiz Rau

Os canos usados têm entre 150 milímetros e um metro de diâmetro. Eles são colocados ao longo das duas margens do Arroio Luiz Rau para conduzirem o esgoto até a Estação de Tratamento. Desde segunda-feira, 13 de agosto, a frente de trabalho atua entre as Ruas Cinco de Abril e Joaquim Nabuco, no Centro. Na sequência, o trabalho ocorrerá entre as Ruas Três de Outubro e Caramuru, para finalizar a etapa na Avenida Nações Unidas. “Queremos concluir estas partes nos próximos dois meses, para que esteja toda a região central liberada antes do final do ano”, salienta o diretor geral da Comusa, Mozar Dietrich.
As bacias
Para a formulação do projeto, a área de Novo Hamburgo foi dividida em três: a do Arroio Luiz Rau, no Centro; a do Arroio Pampa, Leste; e a do Cerquinha, Oeste. O Arroio Luiz Rau, também conhecido como Arroio Preto, é o maior deles e o mais poluído. Um dos objetivos da obra é devolver o arroio limpo à cidade, inclusive, com condições para vida aquática. Quando a obra do Arroio Luiz Rau estiver concluída, Novo Hamburgo terá alcançado a capacidade de tratar 50% do esgoto da cidade.
Saneamento recebe o maior investimento da história
No total, Novo Hamburgo está investindo R$ 150 milhões na maior obra de saneamento da sua história. Em cinco anos, o volume de esgoto tratado no Município será de 80% e a capacidade de captação e tratamento de água será ampliada em 30%. “São todas obras de grande envergadura que, inclusive, causam transtorno momentâneo para a população, mas que irão colocar nossa cidade em destaque na área do saneamento nos próximos anos”, lembra o diretor técnico da Comusa, Alexandre Menezes.
Impacto no Meio Ambiente
Historicamente o esgoto gerado na cidade é despejado nos arroios que chegam ao Rio dos Sinos. Sem tratamento, estes resíduos causam impactos negativos significativos em toda a região, como disseminação de doenças, agravamento do problema de escassez de água de boa qualidade, desequilíbrio ecológico e mortandade de peixes. Os arroios são os grandes receptores deste material nos centros urbanos. Tratar o esgoto significa menos gastos com problemas de saúde no futuro. Diz-se que para cada um real investido em saneamento, quatro reais são economizados na saúde. Além disso, haverá impactos positivos como melhoria de qualidade de vida da população e das águas do Rio dos Sinos, reconhecido hoje como um dos mais poluídos do Brasil.