SEMAM alerta para tocas de corujas em áreas urbanas

Publicada em 12/07/2013 - Atualizada em 17/10/2024
Tocas foram encontradas no bairro Vila Rosa - Foto: Divulgação/SEMAM
A Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM) de Novo Hamburgo verificou na manhã de terça-feira, 9 de julho, a existência de tocas de corujas no bairro Vila Rosa. Os buracos são utilizados para a criação de ninhos e os primeiros cuidados a filhotes com até dois meses de idade. De acordo com a bióloga da SEMAM, Letícia Dutra, a espécie encontrada foi a coruja-buraqueira, um animal silvestre nativo do continente americano. A recomendação da secretaria é que seja respeitado o espaço desses animais, que são protegidos pela Lei Federal nº 5.197/67, que dispõe sobre a preservação da fauna no País.

Letícia afirma que a presença da coruja-buraqueira em áreas urbanas ocorre devido à perda de seu habitat natural. “A invasão das cidades por animais silvestres, como aves e pequenos mamíferos, tem se tornado cada vez mais comum ultimamente com o constante crescimento urbano. É de responsabilidade de cada um permitir que haja uma convivência agradável e um respeito ao espaço desses animais”, explica. Em caso da presença desses animais em residências, é necessário comunicar a SEMAM pelo telefone 156, solicitando a orientação de biólogos.

A coruja-buraqueira

De nome científico Athene cunicularia, a coruja-buraqueira é uma ave de rapina de pequeno porte, medindo aproximadamente 23 centímetros. A ave costuma se apropriar de tocas de outros animais para nidificar. Em alguns casos, ela mesma constrói o buraco utilizando bico e patas. A fêmea coloca entre 6 e 12 ovos, chocando-os por 28 dias, enquanto o macho se encarrega de procurar alimentos e proteger o ninho. Os filhotes permanecem no local por cerca de 60 dias, a partir de quando já conseguem voar e caçar. A coruja-buraqueira se alimenta de insetos, frutos e pequenos anfíbios e roedores.